Compaz é destaque no I Seminário Municipal de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa Prevenção
A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Segurança Urbana (Seseg), promoveu na última terça (18) o I Seminário Municipal de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa, no auditório do Banco Central. Os Centros Comunitário da Paz (Compaz) foram citados como exemplos práticos e de resultados por todos os participantes. A iniciativa traçou os primeiros tópicos na construção de um Marco Legal de Cultura de Paz para a cidade do Recife, com participação de várias instituições e órgãos envolvidos na temática.
“Esse momento é para nivelarmos os conhecimentos, compartilhar experiências. Todas são válidas para o nosso processo de construção de uma política pública sobre segurança, que passa por lei, orçamento, gestor, executor. Toda a Prefeitura está envolvida nessa ação, assim como a sociedade civil. Recife tem muitas experiências acontecendo, então, elas estão representadas aqui para a gente divulgar essas iniciativas, essa diversidade, essa heterogeneidade”, disse Paulo Moraes, Secretário Executivo de Segurança Urbana do Recife.
O destaque na manhã foi a presença do Diretor Executivo de Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, um dos mentores do Estatuto do Desarmamento. “O Compaz acaba sendo o equipamento público que materializa a necessidade de criação dessa rede de proteção a jovens que estão em conflito com a lei e podem encontrar ali um lugar onde eles podem ser abraçados de maneira completa. É muito difícil de ter esse tipo de equipamento público disponível, com a qualidade que a cidade do Recife oferece para jovens locais. É um projeto que precisa ser levado para o Brasil todo”, ressaltou Marques.
Para ele, o Recife está um passo à frente na criação e promoção de políticas públicas de redução da violência. "Violência e segurança pública não se fazem só com polícia. É com sociedade civil e, principalmente, com esforço de município, Estado e União para diminuir a violência e tentar entender que segurança pública e criminalidade como algo complexo. Segurança não é um trabalho de polícia, é um trabalho de todos nós”, ponderou Marques.
À tarde foi a vez do Desembargador do TJPE Luiz Carlos Figueiredo falar sobre “Justiça Restaurativa na infância e juventude”. Em seguida, Eliete Ferreira (Gestora da Escola Estadual Poeta Antônio Maria, da Secretaria Estadual de Educação) abordou o tema “Experiências de Justiça Restaurativa na escola”. Solange Bezerra, da ONG Ruas e Praças, compartilhou sua experiência com a palestra “Práticas restaurativas com meninos em situação de rua”. Por fim, Socorro Barros, Coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa da FUNASE, trouxe para o público “Práticas de Justiça Restaurativa nas medidas socioeducativas da FUNASE”.