Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 04.07.19 - 18h22

Servidores e usuários da PCR recebem certificado de Libras

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Duas turmas estão preparadas para assegurar a acessibilidade comunicacional. (Foto: Cortesia)

 

Quem participou do Curso de Básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Política Sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPSDDH), não quer parar mais. “Sempre tive vontade de ajudar pessoas surdas que precisam se comunicar e essa foi uma ótima oportunidade. Gostei tanto que quero ser intérprete de Libras”, revelou a digitadora da Procuradoria Geral do Município do Recife, Andréa Brito. Ela contou que já ensinou até alguns sinais para o seu sobrinho de 11 anos. A Servidora da Prefeitura do Recife é uma dos 50 formados do Curso, que teve duração de quatro meses. Todos eles receberam certificados nesta tarde de quinta-feira, 04, no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha.

Foram formadas duas turmas, uma com servidores do prédio sede da Prefeitura e outra por funcionários e usuários do Compaz Eduardo Campos. O curso é uma iniciativa da Prefeitura do Recife para assegurar a acessibilidade comunicacional nos espaços públicos municipais, na perspectiva da inclusão social. “A gestão municipal tem essa preocupação de serviço público, “A fala está agregada à condição do ser humano e a Libras é uma linguagem de sinais que dá condições do exercício para essa fala, dando a oportunidade de inclusão”, ressaltou a secretária Executiva de Direitos Humanos, Bete Godinho. “ A função de intérprete de Libras é reconhecida e o Curso Básico é um passo para ter conhecimento e depois se aprofundar”, avaliou o gerente da Pessoa com Deficiência, Paulo Fernando, acrescentando que novas turmas serão formadas neste semestre.

O secretário Executivo de Segurança Urbana, Paulo Moraes, falou que a capacitação realizada para servidores e usuários do Compaz foi uma experiência exitosa que a comunidade abraçou. “Aqui estamos praticando o que toda instituição dever fazer para atender a população indiscriminadamente com suas especificidades”, reforçou Paulo Moraes. O morador da Bomba do Hemetério, Cosmo Nascimento, que fez o curso no Compaz, disse que como professor e trabalhador autônomo sentiu a necessidade de se comunicar melhor com alguns de seus alunos e clientes. “Um dos meus clientes é surdo e agora consigo me comunicar bem com ele”, comemorou.  Os alunos encerram o curso interpretando uma música em Libras.

Lei - Segundo o senso do IBGE 2010,  das 431.359 pessoas com deficiência no município do Recife, 5,52%  são pessoas surdas. Desde 2014, quando foi criada  a primeira turma, além das oficinas, cerca de 150 pessoas foram formadas em Libras. Libras é a segunda língua oficializada no Brasil desde 2002, através da Lei nº 10.436/2002, e é a maneira mais recorrente de comunicação das pessoas com deficiência auditiva. A iniciativa propõe garantir a acessibilidade comunicacional para promover a independência e autonomia aos indivíduos que necessitam de serviços específicos para acessar o conteúdo por meio de Intérprete de Libras. Audiodescrição, legendas, janela de Libras, impressões em Braille e dublagem são alguns dos exemplos existentes.

A acessibilidade comunicacional é garantida pela Lei Federal nº 13.146 (LBI - Lei Brasileira de Inclusão) no inciso V do artigo 3º diz: "comunicação é uma forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações".