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Neste sábado (20), um grupo formado por adultos e crianças participaram de mais uma edição do Rolê REC’n’Play, série de eventos que tem como objetivo apresentar atividades prévias ao Festival REC’n’Play, que neste ano será realizado entre os dias 02 e 05 de outubro. Enquanto o público infantil interagia com argila, desenhos livres e montava brinquedos a partir de peças geométricas, numa proposta de despertar os lados lúdicos e artísticos das cerca de 30 crianças de três a seis anos, os adultos foram convidados a participar de um debate sobre o tempo de tela na primeira infância. 

A mesa de debatedores reuniu o engenheiro Djair Barros Falcão, do INCITI, que participou do debate contribuindo com sua perspectiva de pai e ativista das ocupações dos espaços urbanos; Amanda Menelau, que a partir das suas experiências maternas está desenvolvendo o projeto artístico “Chega de Tela”, que tem como o objetivo despertar o senso crítico, o brincar e a criatividade infantil; Cláudia Simone Almeida, coordenadora do núcleo de pesquisa e inovação do DETEC, da prefeitura do Recife; Lucila Barreto, psicóloga, sócia do CPPL e mestranda em psicologia clínica; e os sócios Chaps Melo, criador do Mundo Bita, e João Henrique, redator, roteirista e cofundador da empresa Mr. Plot.

Durante cerca de uma hora e meia os debatedores apresentaram diferentes perspectivas da difícil pergunta: como os pais podem controlar o uso da tecnologia pelas crianças? Em todas as falas, o consenso de que os limites e a participação ativa dos pais nesses primeiros contatos com telas de tablets e celulares é fundamental, assim como a escolha adequada de conteúdos que estimulem a criatividade e a empatia. Mais do que regras e fórmulas, os debatedores e os pais presentes se alinharam na perspectiva de achar o equilíbrio ideal entre os estímulos visuais e a valorização das vivências “fora da tela”. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Guilherme Calheiros, fez a abertura do evento e reforçou a importância do tema debatido no Rolê. “A prefeitura do Recife lançou um olhar estratégico para a primeira infância, promovendo uma série de ações, de várias secretarias, ao longo do ano. Entendemos que atividades como a deste sábado, em que convidamos pais e filhos para pensar os impactos das tecnologias nessa faixa etária, são fundamentais”, explica.

As atividades voltadas para o público infantil foram promovidas pelo Varal, da dupla Bia Lima e Camila Storck, arte educadoras que, juntas, promovem uma série de experimentações, descobertas e vivências artísticas para crianças. Após o debate e a troca de experiências entre os especialistas, pais e produtores de conteúdo, o grupo de adultos se reuniu às crianças para conferir um esquete do Deixa de Tela, apresentado por Menelau e pelo ator Fábio Caio. 

O Rolê REC’n’Play primeira infância foi proposto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura do Recife e foi realizado no Apolo 235, prédio do Porto Digital, um dos realizadores do REC’n’Play, em conjunto com a agência Ampla. A proposta é que até o início de outubro sejam realizados outros rolês que tragam perspectivas instigantes para temas como Cidades Inteligentes, Economia Criativa e Tecnologia, as trilhas de conhecimento trabalhadas pelo festival.