Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos

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Direitos Humanos | 30.07.19 - 18h30

Servidoras e visitantes da PCR participam de diálogo sobre racismo institucional

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A conversa marca celebração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. (Foto: Luciano Ferreira/PCR)

 

Um diálogo informal com o tema “Mulher Negra no espaço de poder”,  para celebrar o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, reuniu nesta manhã de terça-feira (30), servidoras da Prefeitura do Recife, visitantes e gestoras, no hall de acesso ao edifício sede da Prefeitura, com a presença da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.
Durante a conversa, a vice-governadora chamou a atenção para mulheres negras de sucesso que tiveram que quebrar o tabu do preconceito para mostrar o seu potencial, a exemplo de da atriz Rute Souza, falecida ontem (29) e da escritora Maria Firmina dos Reis. “Todas se sobressaíram em suas áreas lutando contra o preconceito racial”, lembrou. O vice-prefeito Luciano Siqueira fez uma fala sobre os direitos humanos, numa referência aos desaparecidos políticos, outra forma de desrespeito à vida humana.
 
No diálogo, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, a secretária Ana Rita Suassuna salientou que a realização dessa conversa, numa parceria com a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, por meio do Programa Servidor de Valor, fortalece as políticas públicas municipais. “Trazer essa reflexão para as servidoras com o foco na temática do racismo institucional é promover o enfrentamento ao preconceito em importantes espaços da sociedade”, afirmou.
 
A secretária da Mulher, Cida Pedrosa, destacou os números do feminicídio, que embora tenha caído em 9% de mulheres brancas, teve um aumento de 35% de mulheres negras. Já a gestora de Esportes da Secretaria de Turismo, Leilane Alcântara, é negra e avaliou como fundamental a promoção desse tipo de diálogo em busca da redução do racismo institucional. “Ainda vejo o olhar desigual de alguns para mulheres negras que estão em cargos de gestão, por exemplo”, citou Leilane Alcântara. 
 
O evento em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que representa um marco de luta das mulheres do continente, foi encerrado com uma apresentação artística da sambista negra, Gabi do Carmo.  A data é celebrada desde 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos - República Dominicana, sendo um marco internacional de organização, luta e resistência das mulheres negras.