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Agenda do Prefeito | 01.08.19 - 14h08

Jardim Botânico do Recife celebra 40 anos com recorde de visitações e inauguração de novas áreas

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JBR atingiu a marca de meio milhão de pessoas desde 2014, quando foi requalificado. Prefeito Geraldo Julio inaugurou a trilha acessível e o Jardim Passifloraceae, dedicado ao estudo científico das espécies de maracujá (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Há quatro décadas, o Recife ganhava um Jardim Botânico, às margens da BR-232, no Curado. Nesta quinta-feira (1º), o prefeito Geraldo Julio visitou o local para comemorar os 40 anos do equipamento e inaugurou dois novos espaços: uma trilha acessível voltada para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, e a coleção Passifloraceae,um jardim temático dedicado ao estudo científico das espécies de maracujá. O Orquidário localizado no espaço também ganhou um presente especial com a doação de cem orquídeas, de 33 espécies diferentes.

Na ocasião, Geraldo alertou para a importância do investimento e da preservação da área verde, em meio à crise climática que o mundo está enfrentando e as consequências diretas na vida das pessoas, principalmente no centros urbanos. “Comemoramos, hoje, os 40 anos do Jardim Botânico e a marca de meio milhão de visitas realizadas nesses últimos cinco anos. Esse é um número muito importante, porque quanto mais pessoas vierem aqui, mais vão aprender sobre sustentabilidade e meio ambiente. Estamos numa cidade totalmente urbana, mas temos aqui esse oásis verde para levar essa consciência e essa transformação de comportamento que o mundo está precisando”, afirmou o prefeito.

O Jardim Botânico do Recife está inserido em uma unidade protegida com 10,7 hectares de Mata Atlântica, na Zona Oeste do município. O espaço abriga diversas coleções botânicas, jardins e um remanescente de floresta atlântica que se integra a outras unidades protegidas, formando um importante cordão verde no município. Desde 2014, após a requalificação, o JBR teve uma alavancada no número de visitações. Somando 500 mil visitas nos últimos cinco anos.

Sobre as novidades, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves, explicou que a Passifloraceae além da visitação também servirá para fins de estudos. “A pista acessível é uma das mais importantes na história do Jardim Botânico, porque permite que as pessoas com deficiência possam interagir com natureza. Acho que o recifense precisa descobrir esse espaço e o trabalho que realizamos aqui”, convocou José Neves. Segundo ele, 36 mil pessoas visitaram o local apenas neste ano.

Criador do Jardim Botânico, em 1979, o ex-prefeito do Recife Gustavo Krause também participou da cerimônia e comemorou a conservação da área. A comemoração também teve bolo para celebrar a data e apresentação do coral do Pró-Criança.

Outro atrativo destes 40 anos foi possível graças a doação de cem novas orquídeas do orquidófilo Moacy Eloy da Silva. Ele faleceu no início deste ano e a família decidiu doar a coleção do pai para o Jardim Botânico. Além da contemplação, as plantas poderão ser usadas para estudos científicos.

A filha de Moacy, Digreolla Notaro da Silva falou em nome da família e destacou a paixão e os cuidados do pai pelas plantas. “Ele tinha mais de 300 orquídeas em casa e, após a morte dele, ficou muito difícil mantê-las, muitas começaram a morrer, então surgiu a ideia da doação. O objetivo era preservar as espécies e poder dividir com o público essa admiração do meu pai pelas orquídeas”, contou ela.

Para facilitar o conhecimento durante a visitação, o JBR também ganhou um aplicativo desenvolvido pelo grupo Mobile da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Composto pelo professor Gilberto Cysneiros Filho e pelos alunos Anderson Melo de Morais e Flávia Ximenes da Silva, o grupo criou o serviço com o objetivo de oferecer informações sobre os diversos espaços presentes no Jardim Botânico. Ao baixar o app, será possível conhecer o local por meio de visita guiada por textos, áudios, mapa, localização e imagens.

Além dos novos recursos, o aplicativo vai dispor de algumas informações presentes no site da Instituição, como endereço, horário de funcionamento, telefones para contato, galeria de fotos e muito mais.

Na busca por cumprir seu papel de inclusão social, o JBR também teve um projeto financiado pela FACEPE e adquiriu uma impressora 3D. Estão sendo produzidos kits educacionais com representação de estruturas de uma célula vegetal, vistas apenas através de microscópios ou figuras ampliadas em livros didáticos. Dessa maneira, poderá ser trabalhada no espaço a inclusão de estudantes que não tem acesso a equipamentos de microscopia, beneficiando também pessoas cegas e com baixa visão.