Crianças passam por exames para identificar deficiência visual no Compaz Eduardo Campos
A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife realizou, na última quarta-feira (28), uma ação de saúde voltada a alunos de escolas próximas ao Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. Mais de 100 estudantes das Escolas Municipais Alto Santa Terezinha e Santo Amaro realizaram exames para avaliar a capacidade da visão. A ação do Projeto Além do Olhar fez parte da programação da 18ª Semana da Pessoa com Deficiência do Recife.
Além disso, os alunos e outras pessoas que passaram pelo local também receberam orientações sobre saúde bucal, exames de HIV e sífilis, aferição de pressão e testes de glicemia. Com depoimentos de participantes e ex-participantes do programa, foram expostos os recursos usados para adaptação em sala de aula, foi feita contação de histórias e houve mostra de livros em braile. O que mais prendeu a atenção dos estudantes foi a apresentação de um cão-guia, com explicações sobre seu adestramento e funções.
Para a coordenadora da Política de Saúde da Pessoa com Deficiência do Recife, Mirtes Araújo, as ações para esse público não devem ser diferentes em nada. “Trouxemos ações de promoção e prevenção à saúde para lembrar que a pessoa com deficiência não necessita apenas de reabilitação, mas também de outros cuidados básicos, pois elas adoecem, fazem sexo e têm filhos como qualquer outra pessoa”.
O exame de Acuidade Visual avalia a capacidade da visão de perceber a forma e o contorno dos objetos. Os pais das crianças identificadas com possível déficit de visão são orientados a procurar acompanhamento médico especializado. “Quando é diagnosticada precocemente, a baixa visão pode ser tratada e ter uma evolução positiva, diminuindo o comprometimento da visão” disse Lucyjane Lobo, coordenadora do projeto.
ALÉM DO OLHAR
Fruto de uma parceria da Secretaria de Saúde do Recife, Secretaria Municipal de Educação e o Centro de Reabilitação Menina dos Olhos, da Fundação Altino Ventura, o Além do Olhar é um projeto de reabilitação visual para crianças e adolescentes de 5 anos a 17 com baixa visão e cegueira total que visa garantir a intervenção precoce, orientação e mobilidade da vida diária. As notificações são feitas através das escolas e serviços de saúde e, a partir da identificação do diagnóstico, os alunos são inseridos no projeto. Os atendimentos de reabilitação acontecem na escola, no domicílio e na comunidade.