PCR lança GT de enfrentamento ao racismo institucional, de gênero e diversidade da Guarda Municipal
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Segurança, lançou nesta segunda (30), os Grupos de Trabalho de Enfrentamento ao Racismo Institucional e de Gênero e Diversidade da Guarda Civil Municipal do Recife. O lançamento ocorreu no auditório no Centro Cultural Rossini Alves, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e contou com a presença de Cida Pedrosa, secretária da Mulher; Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos; Adalberto Freitas Ferreira, secretário executivo de Segurança Urbana e Operações; Marco Aurélio Faria; representante do MPPE; Gleide Ângelo, representante da Assembleia Legislativa; Rafael Santiago do Nascimento, do Movimento Negro Unificado- MNU e Maria do Céu, do Instituto Boa Vista.
Visando combater o racismo, desigualdade de gênero e a lgbtfobia, o grupo de trabalho dos guardas municipais irão trazer temas para que os agentes se aprofundem nas transformações em curso e reforcem e aprimorem as iniciativas que visam a promoção e defesa dos direitos humanos, a exemplo do processo de formação continuada em temas de cidadania e cultura de paz e as patrulhas, com destaque para a Patrulha Maria da Penha. “Nós queremos que cada um e cada uma aqui tenha compromisso com os direitos dos negros, das mulheres e da comunidade LGBTs”, afirmou o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti.
O encontro apresentou os dois grupos de trabalho formados por guardas municipais e membros da Secretaria de Segurança Urbana do Recife. O GT contra o racismo institucional é formado por Gabriella Ferreira De Sousa Lima, Rinaldo Leandro Da Silva, David José Do Nascimento, Dayanne Silva De Souza, Lígia Oliveira Da Silva, João Manoel Da Silva, Joelma Silva Souza, Ademilson Costa Dos Santos e Ewerton Silva. Já o GT contra a violência de gênero e promoção da diversidade é composto por Gabriella Ferreira De Sousa Lima, André Xavier De Lira Neto, Dayanne Silva De Souza, Gisele De Araújo Costa, Jidiane Maria Da Silva, Thomas Joaz Gonçalves Cabral e Joelma Silva Souza.
“O grupo de trabalho é pra a gente desconstruir aquilo que a cultura faz questão de perpetuar. Se a gente não for repensar essa cultura totalmente preconceituosa, racista e misógina, vamos continuar reproduzindo essas abordagens e o primeiro passo é se reconhecer preconceituoso”, concluiu a delegada e deputada estadual Gleide Ângelo.
Na ocasião também foi firmado um Termo de Cooperação da Secretaria de Segurança Urbana com a Secretaria da Mulher e Secretaria de Desenvolvimento Social, além da assinatura de duas Portarias: a primeira sobre o reconhecimento e inclusão do uso do nome social de pessoas travestis e transexuais nos registros dos equipamentos vinculados à Secretaria de Segurança Urbana, a Rede Municipal de Bibliotecas pela Paz, a Guarda Municipal e os Compaz. Já a segunda, trata sobre a inclusão do quesito raça/cor nos sistemas de informações, fichas de inscrição, atendimentos, cadastros, formulários de matrículas, prontuários e demais registros da Secretaria.
O evento ainda contou com painel dos especialistas Ana Elisa Sobreira, delegada de polícia, que discorreu sobre a Experiência da Polícia Civil de Pernambuco; Maisa Silva Melo de Oliveira, promotora de Justiça, integrante do GT Racismo do MP/PE; Maxwell Vignoli, promotor de Justiça, acerca das ações do MPPE em defesa da diversidade sexual; Sgt. Ricardo Alves da coordenação do Programa de Enfrentamento à Intolerância e Ingrid Farias, da Rede de feministas Antiproibicionistas.