Prefeitura do Recife abre a rua da Moeda para as pessoas
Conhecido ponto de atração de turistas e polo de difusão cultural do Bairro do Recife será fechada definitivamente para a passagem de veículos a partir da próxima segunda-feira (6), após o final do Festival Rec n’ Play.
Após o grande sucesso da transformação da avenida Rio Branco em um grande boulevard para pedestres, a Prefeitura do Recife segue humanizando a mobilidade do Bairro do Recife. A rua da Moeda, tradicional polo de difusão cultural da cidade, será a próxima via aberta para as pessoas. A Prefeitura do Recife realiza ainda estudos para a possibilidade do mesmo processo acontecer na histórica rua do Bom Jesus.
A decisão foi tomada após uma consulta popular realizada por meio da plataforma Colab, com cerca de duas mil pessoas que circulam e trabalham no Bairro do Recife. O estudo aponta que a maioria das pessoas não utilizam carro para vir ao festival. O Instituto da Cidade Pelópidas da Silveira também realizou estudo do impacto para o fechamento da via, apontando baixo impacto na circulação de veículos na região. O objetivo é priorizar a circulação de pedestres e ciclistas nessas ruas que já são grandes polos de interesse comercial e cultural.
A pedestrianização da rua da Moeda faz parte de um projeto mais amplo de modernização e humanização do Bairro do Recife, que inclui o embutimento da fiação de vias e a realização de obras complementares para a pedestrianização, como aconteceu com a avenida Rio Branco. Neste primeiro momento, o acesso de veículos à via será bloqueado por meio de obstáculos urbanos e sinalização até a realização das obras complementares.
A ação foi discutida com os comerciantes da via, que aprovaram na sua totalidade a decisão. O mesmo processo de consulta aos estabelecimentos faz parte dos estudos para a pedestrianização da rua do Bom Jesus, ainda em andamento.
Avenida Rio Branco – Em dezembro de 2017, a avenida Rio Branco foi definitivamente aberta para as pessoas, com a conclusão das obras de pedestrianização da via. Toda a avenida foi nivelada com as calçadas, deixando 8,8 metros de largura adequados para a circulação de pessoas, em toda a extensão da via, do Marco Zero à Ponte Buarque de Macedo. O principal revestimento utilizado na obra foi o granítico, mesmo do Marco Zero. Toda a fiação da avenida, telefônica e de energia, foi embutida. As obras foram executadas pelo Governo do Estado, com investimento de R$ 5,5 milhões, recursos vindos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O boulevard recebeu 18 bancos e a mesma quantidade de lixeiras. Tudo em madeira e liga de aço. Além do mobiliário, foram instalados também quatro quiosques e uma banca de revista padrozinados. Os espaços foram ocupados pelos comerciantes que já atuavam na via.