Natação e Basquete dão a largada para os Jogos Paralímpicos do Recife
"Saímos de Fortaleza às 7h30 da quinta-feira e só chegamos ao Recife às 21h30. Foi cansativo, mas estamos todos animados. Sempre vale a pena participar das competições voltadas ao nosso segmento”. O depoimento de Claudemir Duarte, que joga como ala na equipe de Basquete em Cadeira de Rodas da Associação D'eficiência Superando Limites (Adesul), da cidade de Maracanaú, no Ceará, reflete bem a importância dos Jogos Paralímpicos do Recife, que atraem até equipes de estados vizinhos com o objetivo de estimular a participação de pessoas com deficiência em atividades esportivas.
As disputas de Basquete em Cadeira de Rodas tiveram início nesta sexta (11), no Compaz Ariano Suassuna, bairro do Cordeiro. Realizados pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel), os Jogos Paralímpicos continuam neste final de semana. O torneio de Goalball acontece no sábado (12), no Instituto dos Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, nas Graças, das 8h às 17h, enquanto o Parque Santos Dumont, em Boa Viagem, recebe as finais do Basquete em Cadeira de Rodas, das 8h às 12h, além do Parabadminton e Tênis de Mesa (13h às 17h) e Atletismo (8h às 17h).
No domingo (13), os jogos se encerram com as disputas do Futebol de 5, no Instituto dos Cegos, das 8h às 13h. Entre as 21 associações que se inscreveram este ano, cinco são das cidades de Fortaleza, Maceió e João Pessoa. O paratleta Claudemir Duarte conta que seu time já participou dos Jogos Paralímpicos do ano passado, ficando com o vice-campeonato geral e a primeira colocação entre os visitantes. “Depois daqui voltamos para o Ceará e em seguida vamos para Belém, disputar o campeonato nacional de Basquete em Cadeira de Rodas”, diz o ala.
Outra equipe que pegou a estrada para disputar a competição foi a Associação dos Deficientes Físicos de Arapiraca (Adfima). O treinador Adriano Targino explica que tem atletas pernambucanos no time e fez questão de participar do torneio. “Os Jogos são um incentivo para que o esporte paralímpico seja cada vez mais aprimorado e reconhecido. Como o Basquete Sobre Rodas é uma modalidade cara, pois envolve muitos jogadores e o investimento nas cadeiras, é importante participarmos de muitas competições”, aponta.
NATAÇÃO – Nesta sexta (11), aconteceram também as disputas de Natação, na piscina do Compaz Ariano Suassuna. A paratleta Maria Auxiliadora Silva, da AABB, conquistou a medalha de ouro na categoria 100 metros nado livre borboleta. “Participo de competições há 10 anos e já ganhei até títulos nacionais. Os Jogos são um incentivo a mais para surgirem paratletas entre a geração mais nova”, afirma. Já a prova dos 50 metros masculino rendeu ouro para Júlio César Santana, da AABB, prata para Eraldo Mendes e bronze para Carlos Henrique Maciel, ambos da UFPE. “Comecei a competir há um ano e meio, com incentivo de amigos e parentes, especialmente um primo que é paratleta de atletismo. Desde então, sinto que tenho mais força na perna e estou dormindo melhor”, diz Eraldo.