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Cultura | 12.12.19 - 14h19

Prefeitura do Recife promove Jornadas para celebrar a tradição do pastoril

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Dentro da programação do Ciclo Natalino do Recife, que só acaba no dia 1º de janeiro, serão promovidos mais três encontros de pastoris, em diferentes bairros da cidade, reunindo diversos grupos para celebrar e fortalecer a antiga tradição cultural (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Em honra e graça a uma das mais antigas tradições culturais do Nordeste, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, realiza, até o próximo dia 19 de dezembro, o Projeto Jornadas para Celebrar, que promoverá encontros entre pastoris de diversas regiões da cidade, para fortalecer a tradição em suas geografias nativas.

O objetivo das Jornadas, que integram o Ciclo Natalino do Recife, é promover a comunhão dos brincantes com suas próprias comunidades e também com outros grupos e outras localidades, para fortalecer a tradição em toda a cidade.

Amanhã (13), o Pastoril Giselly Andrade comandará a brincadeira, convidando os pastoris Lindas Ciganas, Vovó Alzira e Estrela do Mar para a jornada, que será realizada na Rua Dr. Pereira da Silva, na altura do número 87, em Água Fria, a partir das 18h30.

No dia 15, o Pastoril Sol Nascente receberá os brincantes do Estrela Brilhante, Viver a Vida e Jardim da Alegria, a partir das 18h, na Rua Pompeia, na altura do número 462, em Água Fria.

O derradeiro encontro será no dia 19, em Santo Amaro, onde o Pastoril Tia Mariza receberá o Tia Nininha, o Tia Nininha 3ª idade e o Campinas Alegres, a partir das 19h.

As jornadas encerram um processo de renovação e valorização da tradição dos pastoris, que começou no último mês de outubro, com a realização do Seminário sobre o Pastoril Religioso, também promovido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, na Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro. 

Sobre o pastoril – Tradição que todo ano ganha as ruas e os palcos da cidade na programação natalina montada pela Prefeitura do Recife, o pastoril tem origem no teatro semipopular ibérico, em uma combinação de danças, textos e canções, vinculados aos presépios diante dos quais eram encenados.

Nas primeiras duas décadas do século XIX, o pastoril se mantém pela iniciativa de leigos, mas sem perder sua ligação religiosa. A partir de então, espalha-se pelos bairros atraindo cada vez um maior público. “O pastoril é considerado como precursor do teatro popular e, segundo estudiosos, isso pode explicar a sua influência na vida social de Pernambuco e do Nordeste”, diz Carmem Lélis. Agora, a missão do poder público e das novas gerações de brincantes é fazer com que o pastoril se confirme tradição viva na cultura nordestina e recifense.

Encontros – Desde o dia 1º de dezembro, já foram realizados quatro jornadas. Na primeira, o Pastoril Estrela do Mar recebeu os pastoris Aurora Boreal, Sonho de uma Adolescente e Estrela Guia do Cabo, na Rua Guarajuba, em Brasília Teimosa. 

No dia 7, o Pastoril Rosa Mística dos Torrões recebeu os pastoris Angel de Brasília Teimosa, Sol Nascente e Menino Jesus de Vovó Bibia, na Rua Arthur Coutinho, nos Torrões. 

No dia seguinte, 8 de dezembro, o Pastoril Aurora Boreal ciceroneou o encontro, recebendo os grupos Estrela de Belém, Giselly Andrade e Rosa Mística dos Torrões, em Santo Amaro. No mesmo dia, no Ibura, o Campina Alegre chamou para brincar os pastoris Luz do Amanhecer e Tia Mariza e UR-3 - Ibura.