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Saúde | 29.07.20 - 11h39

Recife é a capital que abriu mais leitos de covid-19 no Brasil

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Ranking feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) coloca a capital pernambucana atrás apenas de São Paulo. Levando em conta o número de habitantes, Recife criou, proporcionalmente, cinco vezes mais leitos para sua população (Foto: Andréa Rêgo Barros/ArquivoPCR)

 

Recife foi a capital brasileira que proporcionalmente abriu mais leitos para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19. De acordo com levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a capital pernambucana criou 1.155 leitos durante a pandemia, ficando atrás apenas da cidade de São Paulo, que abriu 1.791 leitos. Levando em conta o número de habitantes, o Recife criou proporcionalmente cinco vezes mais leitos para sua população, já que a capital pernambucana tem 1,6 milhão de habitantes e a capital paulista tem mais de 12,2 milhões de habitantes. Em anúncio feito na manhã desta quarta-feira (29), o prefeito Geraldo Julio destacou que os leitos garantiram o atendimento à população, salvando vidas.

“Estudo do Conselho Federal de Medicina comprovou que o Recife é a capital que mais criou leitos de SUS durante a pandemia. Proporcionalmente à população, o Recife abriu mais leitos do que a capital mais rica do Brasil que é a cidade de São Paulo. Muitos pacientes precisaram de internação, foram internados e salvos da covid nesses leitos”, afirmou o prefeito Geraldo Julio.

De acordo com análises feitas pela Prefeitura do Recife a partir dos dados disponibilizados na página oficial do CFM (www.portal.cfm.org.br), a capital pernambucana criou 70 leitos de covid-19 para cada 100 mil habitantes, enquanto São Paulo abriu 14 leitos de covid para cada 100 mil habitantes. Somente a Prefeitura do Recife abriu cerca de mil leitos nos últimos meses (mais de 700 de enfermaria e mais de 300 de UTI), já tendo desativado 300 enfermarias por acumular mais de dois meses de queda nos indicadores da pandemia. Na capital, também foram abertos leitos de covid-19 pelo Governo do Estado, sem contar os leitos da rede privada, não contabilizados pelo estudo.

O prefeito Geraldo Julio frisou ainda que, sem a criação dessa rede de assistência hospitalar, a cidade não poderia ter avançado nas etapas do Plano de Convivência com a Covid-19, retomando atividades sociais e econômicas. “Se esse esforço da Prefeitura e do Governo do Estado não tivesse sido realizado, a ocupação de leitos, hoje, ainda estaria em 100% nas UTIs e nada poderia ter sido aberto. O comércio, os restaurantes, os parques, as praias, as igrejas; tudo estaria fechado. Para que os serviços continuem abertos, é muito importante a prevenção com o uso da máscara e do álcool em gel, além de manter, sempre que possível, a distância um do outro”, reforçou o gestor. 

A gestão municipal ergueu sete hospitais de campanha e ainda abriu leitos de covid-19 em outras duas unidades de saúde. Atualmente, a rede municipal tem 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria. Essa estrutura já propiciou mais de 13.400 atendimentos, mais de cinco mil internações e mais de 2.400 altas hospitalares. Tamanho esforço da rede municipal ainda permitiu que a rede hospitalar do Recife ajudasse outras cidades pernambucanas. Prova disso é que, nesta quarta, 72% dos 171 pacientes internados com covid nas UTIs municipais são de fora do Recife. De forma absoluta, a análise do CFM também mostra que Pernambuco é o segundo estado brasileiro em ampliação da rede hospitalar na pandemia.