Hospitais de campanha da Prefeitura do Recife atingem marca de 2.500 altas de pacientes
A rede de hospitais de campanha criada pela Prefeitura do Recife para enfrentamento à pandemia atingiu a marca de 2.500 altas, nesta sexta-feira (31). Em anúncio nesta manhã, o prefeito Geraldo Julio agradeceu aos profissionais que ajudaram a construir os sete hospitais e aos que trabalham nas unidades e conseguiram devolver 2.500 pessoas curadas para suas famílias.
“Os nossos hospitais de campanha chegaram a 2.500 altas de pacientes que tiveram lá internados. Pessoas que precisaram de atendimento hospitalar e foram tratadas em hospitais que não existiam antes da pandemia. Transformamos terrenos, galpões sem uso, em enfermaria e UTIs que estão salvando vidas. Muito mais do que um número, cada pessoa dessa que voltou para casa curada representa muito para sua família, para os seus amigos e para toda a sociedade. Quero agradecer a todos que participaram da construção e da equipagem, e a todos que trabalham no funcionamento desses hospitais de campanha, salvando muitas vidas diariamente”, disse o prefeito.
O Recife foi a capital brasileira que proporcionalmente abriu mais leitos para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19. De acordo com levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a capital pernambucana criou 1.155 leitos durante a pandemia, ficando atrás apenas da cidade de São Paulo, que abriu 1.791 leitos. Levando em conta o número de habitantes, o Recife criou, proporcionalmente, cinco vezes mais leitos para sua população, já que a capital pernambucana tem 1,6 milhão de habitantes e a capital paulista tem mais de 12,2 milhões de habitantes.
De acordo com análises feitas pela Prefeitura do Recife a partir dos dados disponibilizados no site oficial do CFM (www.portal.cfm.org.br), a capital pernambucana criou 70 leitos de covid-19 para cada 100 mil habitantes, enquanto São Paulo abriu 14 leitos de covid para cada 100 mil habitantes. Somente a Prefeitura do Recife abriu cerca de mil leitos nos últimos meses (mais de 700 de enfermaria e mais de 300 de UTI), já tendo desativado 300 enfermarias por acumular mais de 70 dias de queda nos indicadores da pandemia. Na capital, também foram abertos leitos de covid-19 pelo Governo do Estado, sem contar os leitos da rede privada, não contabilizados pelo estudo.
A gestão municipal ergueu sete hospitais de campanha e ainda abriu leitos de covid-19 em outras duas unidades de saúde. Atualmente, a rede municipal tem 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria. Essa estrutura já propiciou mais de 13.500 atendimentos e mais de cinco mil internações. Tamanho esforço da rede municipal ainda permitiu que a rede hospitalar do Recife ajudasse outras cidades pernambucanas. Prova disso é que, nesta semana, cerca de 70% dos pacientes internados com covid nas UTIs municipais são de fora do Recife. A análise do CFM também mostra que Pernambuco é o segundo estado brasileiro em ampliação da rede hospitalar na pandemia.
ATENÇÃO BÁSICA - Além da rede de hospitais de campanha, a Prefeitura do Recife também salvou vidas em outra frente: a rede de Atenção Básica à Saúde, que foi reestruturada para também atender casos suspeitos ou confirmados da covid-19. Reorganizada pela Prefeitura do Recife desde abril, 20 unidades de referência da Atenção Básica à Saúde ultrapassaram a marca de 20 mil atendimentos, nesta semana, contribuindo para desafogar os Serviços de Pronto Atendimento (emergências) da rede municipal e evitando que pessoas com suspeita de covid-19 tivessem contato com pacientes que estivessem buscando vacinação, remédios, pré-natal e outros atendimentos.