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Saúde | 12.08.20 - 11h12

Recife completa cinco meses da pandemia com 90 dias de redução nos indicadores e reabertura segura das atividades

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Em pronunciamento realizado na manhã desta quarta (12), o prefeito Geraldo Julio registrou agradecimento aos recifenses pelo isolamento social realizado até aqui e aos trabalhadores da linha de frente (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

Nesta quarta-feira (12), o Recife completa cinco meses da confirmação dos primeiros casos de covid-19 na cidade. O isolamento social realizado muito cedo e a rede emergencial com sete hospitais de campanha construídos em 45 dias garantiram atendimento adequado a todos os recifenses e pernambucanos que precisaram e ajudaram a salvar milhares de vidas, diante da maior emergência de saúde da história da cidade. Com 90 dias de redução nos indicadores da pandemia, o Recife coloca em prática um plano de convivência com a reabertura segura de várias atividades. Nesta manhã, o prefeito Geraldo Julio fez um balanço de todo o trabalho realizado pela Prefeitura do Recife nesses mais de 150 dias de enfrentamento à pandemia e agradeceu à população pelo isolamento social e aos profissionais envolvidos no enfrentamento da pandemia.

“Hoje nós chegamos a 150 dias dos primeiros casos de Covid aqui no Recife. Fizemos o isolamento social mais eficiente do Brasil e já estamos com 90 dias de redução da pandemia aqui em nossa cidade. Eu quero agradecer a toda à população pelo isolamento social. Construímos mais de mil leitos hospitalares, compramos mais de 300 respiradores pulmonares fabricados na China, na Alemanha, na Suécia, na Turquia, e os melhores fabricados no Brasil também. Esses leitos fizeram milhares de atendimentos”, declarou o prefeito Geraldo Julio. 

Na ocasião, o prefeito também agradeceu aos profissionais envolvidos diretamente no combate à pandemia. “Eu quero agradecer a todos que construíram e equiparam os hospitais de campanha. E meu agradecimento especial vai a todos os profissionais que trabalham nesses hospitais, que trabalham na nossa rede municipal, na atenção básica, na vigilância sanitária e a todos que trabalham na linha de frente do enfrentamento a essa pandemia. Cada vida salva tem um valor muito especial para a família, para os amigos e para toda a sociedade também. Devemos continuar trabalhando juntos para enfrentar a pandemia.”

Nesse período, a Prefeitura do Recife construiu a maior rede de hospitais de campanha do País - sete unidades que chegaram a ter mais de mil leitos voltados ao atendimento de pessoas com suspeita ou confirmação da doença. O Recife foi a capital brasileira que mais leitos para covid, considerando o tamanho da população e com a redução dos indicadores já consegue colocar em prática a reorganização dessa rede, desativando 300 desses leitos. Outros  160 leitos de covid serão desativados nas próximas semanas, com o fechamento do Hospital Provisório Recife 2, nos Coelhos.

Os sete hospitais municipais e outras duas unidades de saúde com leitos municipais de covid-19 realizaram mais de 14.300 atendimentos, mais de 5.400 internações e mais de 2.700 altas médicas. Para garantir essa assistência, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife precisou contratar mais de quatro mil profissionais e adquirir mais de 10 mil equipamentos médico-hospitalares, além de 3,5 milhões de itens de equipamentos de proteção individual (EPIS). 

Além da rede de hospitais de campanha, a Prefeitura do Recife também salvou vidas em outra frente: a rede de Atenção Básica à Saúde, que foi reestruturada para atender casos suspeitos ou confirmados da covid-19. Reorganizada pela Sesau Recife desde abril, 20 unidades de referência da Atenção Básica à Saúde ultrapassaram a marca de 22 mil atendimentos, contribuindo para desafogar os Serviços de Pronto Atendimento (emergências) da rede municipal e evitando que pessoas com suspeita de covid-19 tivessem contato com pacientes que estivessem buscando vacinação, remédios, pré-natal e outros atendimentos básicos.

O Samu Metropolitano do Recife também desempenhou importante papel como porta de entrada para pacientes com sintomas respiratórios, bem como o responsável pelo transporte entre as unidades que fazem o primeiro atendimento, como as emergências das policlínicas, UPAs e os hospitais de referência para enfrentamento à covid-19. Com a operação especial montada para a pandemia, com ambulâncias adicionais, profissionais contratados temporariamente e plantões extras, o Samu Recife registrou quase 10 mil chamados por causas respiratórias, que geraram mais de 4.500 atendimentos a pessoas com suspeita de covid-19.

O Recife também foi a primeira capital do Brasil a suspender as aulas da rede municipal de educação, mas fez isso garantindo comida nas mesas das famílias dos 90 mil alunos da rede municipal, pois doou 488 mil cestas básicas, além de 569 mil kits de higiene e limpeza e mais de 409 mil kits pedagógicos. 

ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO - Pensando nas pessoas em situação de rua, a Prefeitura do Recife abriu 100 vagas no Abrigo Irmã Dulce, 120 vagas de isolamento no Abrigo Emergencial e 40 vagas para idosos no Abrigo Edusa Pereira. Além disso, houve a distribuição de 236.477 cestas básicas para a população mais vulnerável da cidade, 207 mil quentinhas nos restaurantes populares e 13.200 kits de higiene pessoal foram entregues às pessoas que mais precisam. Por meio da plataforma Transforma Recife e da rede de solidariedade, foram arrecadadas 155 mil cestas básicas, enquanto pela plataforma do Quero Impactar foram arrecadados mais de R$ 3 milhões para projetos voltados à pandemia.

TECNOLOGIA - Ao longo desses cinco meses em que o isolamento e o distanciamento social foram primordiais, a Prefeitura do Recife também salvou vidas através da tecnologia. No aplicativo Atende em Casa, se cadastraram mais de 58 mil usuários com sintomas sugestivos de covid-19. Mais de 23 mil deles apresentaram sintomas mais importantes e passaram por teleorientações através de vídeochamadas com médicos ou enfermeiros e seis mil pessoas foram orientadas pelos profissionais a procurar uma unidades de saúde, evitando deslocamentos desnecessários até os postos, que poderiam ser pontos de contaminação. 

Já para estimular a prática de exercícios físicos em casa, profissionais das Academias da Cidade e das Academias Recife disponibilizaram cerca de 100 aulas através do aplicativo Movimenta Recife, que beneficiou mais de 54 mil pessoas. Outro aplicativo importante foi o Aprende em Todo Lugar, que garantiu orientações sobre a pandemia para os trabalhadores da rede municipal de saúde, registrando quase quatro mil acessos à plataforma.

Em parceria com o Porto Digital, a Prefeitura criou ainda o Plano de Convivência com a Pandemia. Baseada na plataforma científica Dados e Análises para Decisões e Operações (D.A.D.O), que avalia indicadores e algoritmos, foi possível planejar a retomada gradual das atividades socioeconômicas, de forma segura. O uso de drones também ajudou o monitoramento de mais de 70 comunidades de difícil acesso, enquanto o Índice de Isolamento Social, criado em parceria com a In Loco, gerava um índice de isolamento por bairro a partir da geolocalização de smartphones.

PREVENÇÃO - Após a retomada de obras da construção civil, reabertura de shoppings, comércio, atividades religiosas e mais recentemente bares e restaurantes para consumo interno do público, com novos protocolos para funcionamento seguro, o Recife vem mantendo a tendência de queda nos indicadores da pandemia. Apesar disso, a Prefeitura mantém o foco na prevenção de novas infecções porque o novo coronavírus continua circulando na cidade. Diariamente, a Secretaria de Saúde do Recife distribui máscaras e informações em Estações Itinerantes de Orientações sobre a Covid-19 espalhadas em diferentes locais da cidade, a cada semana. 

As entregas de máscaras e as conversas sobre prevenção são feitas também em ações de porta em porta nas comunidades mais vulneráveis da cidade e em visitas a casas de pessoas que fazem parte dos grupos de risco da covid-19, como por exemplo os idosos. Somente a Secretaria de Saúde do Recife já distribuiu mais de 170 mil máscaras nessas atividades, fora outras distribuídas pelas diversas secretarias da PCR. Ao todo, a gestão municipal encomendou 800 mil máscaras a costureiras contratadas em editais de chamamento público.