Com 70% de queda nas internações, Prefeitura do Recife inicia desativação do Hospital de Campanha da Imbiribeira
A Prefeitura do Recife registrou uma queda de cerca de 70% nas internações nos hospitais de campanha municipais, na comparação do mês de maio, no pico da pandemia, com os dados fechados do mês de agosto. A redução foi divulgada pelo prefeito Geraldo Julio na manhã desta terça-feira (1º), quando o gestor anunciou o início da desativação do Hospital Provisório Recife (HPR) 3, na Imbiribeira – o sexto dos sete hospitais de campanha a ser desativado.
“Nós temos 110 dias de redução dos números da pandemia em nossa cidade. Registramos uma queda de praticamente 70% nas internações em nossos hospitais de campanha, comparando o mês de maio com agosto. A ocupação das UTIs de covid-19 do Estado inteiro está na casa dos 70%. Todos esses indicadores nos dão segurança para avançar mais uma etapa na reorganização da rede montada para enfrentamento à pandemia, com a desmobilização do hospital de campanha da Imbiribeira, que será iniciada agora. Mesmo assim, ainda vamos manter 144 leitos de unidade intensiva e 173 leitos de enfermaria na rede da Prefeitura”, disse o prefeito Geraldo Julio.
Ao todo, os hospitais de campanha da Prefeitura do Recife fizeram mais de 5.900 internações de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de covid-19 nos mais de cinco meses de pandemia na cidade. Em abril, 652 pessoas com síndrome respiratória aguda grave (srag) se internaram nos hospitais construídos pela PCR para enfrentamento à pandemia. Em maio, no pico da curva epidêmica, esse número chegou a 2.214. Em junho, após a quarentena rígida (lockdown), esse número já caiu para 1.157, se mantendo no mesmo patamar em julho, quando a Sesau Recife registrou 1.176 internações. Já o mês de agosto fechou com 706 novas pessoas internadas, o que representa uma queda de quase 40% de julho para agosto e de cerca de 70% de maio para agosto.
A partir da avaliação desses e de outros indicadores da pandemia, a Prefeitura do Recife observou uma margem segura para desativar os leitos do Hospital Provisório Recife 3, que foi o sétimo entregue pela Prefeitura do Recife, com mais de 2.300 m² de área construída onde se encontrava um galpão desativado de uma empresa, na Avenida Mascarenhas de Moraes. Administrado pelo Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social (IHARS), o hospital de campanha da Imbiribeira conta com 107 leitos, sendo 80 UTIs e 27 enfermarias. Nesta terça, há 63 pacientes internados na unidade, sendo 47 nas UTIs e 16 nas enfermarias. A partir desta quarta (2), o hospital já não admitirá novos pacientes e será desativado gradativamente, à medida que as pessoas internadas forem recebendo alta.
No último mês de agosto, a Prefeitura do Recife desativou o HPR 2, nos Coelhos, que foi o maior hospital de campanha construído pela gestão municipal. No início de julho, já haviam sido desativados leitos nos hospitais construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR - Curado) e das Policlínicas Barros Lima (Casa Amarela), Amaury Coutinho (Campina do Barreto) e Arnaldo Marques (Ibura). No HMR e nas policlínicas, foram removidas as estruturas provisórias erguidas nas áreas externas das unidades, mas todas permanecem com leitos de covid-19 nas áreas internas.
No total, a PCR desativou 602 leitos - 120 deles de UTIs. A capital pernambucana tem, atualmente, 424 leitos em funcionamento em oito unidades, sendo 224 de UTI e 200 de enfermaria, com um total de 190 pessoas internadas – 116 nas UTIs e 74 nas enfermarias. Desses total, 60% são pacientes vindos de outras cidades. Após a desativação do HPR 3, o único hospital de campanha que permanecerá funcionando completamente será o Hospital Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, em Santo Amaro.
Assim como foi feito na desmobilização de leitos dos outros cinco hospitais de campanha, os equipamentos médico-hospitalares do HPR 3 serão levados para outras unidades de saúde municipais, como as maternidades e o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, em Areias. Parte dos materiais continuará temporariamente guardada em galpões para caso a curva epidêmica volte a subir e a Prefeitura do Recife identifique a necessidade de voltar a abrir mais leitos municipais.