Prefeitura do Recife faz ação de prevenção e testagem de ISTs, HIV, Aids e hepatites virais
Neste sábado (19), a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife irá realizar o projeto “Bora Prevenir, Bora Testar”, levando informações sobre prevenção, testagem rápida e apresentação do trabalho da rede municipal de cuidados em relação às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), HIV, Aids e hepatites virais. A ação será realizada em dois mercados públicos. De 9h às 12h, será no Mercado do Cordeiro e, de 10h às 14h no Mercado da Boa Vista, nos bairros de mesmo nome.
Em cada um desses dois locais, serão fornecidos 240 testes, sendo 60 de cada (sífilis, HIV, hepatite B e C), totalizando 480 testagens. No último dia 12, o projeto visitou os mercados de São José, Afogados, Cordeiro, Madalena, Encruzilhada e Casa Amarela, com a primeira etapa da ação, para distribuir preservativos e informativos sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
De julho de 2021 até agora, os profissionais da Coordenação da Política de IST, HIV, AIDS e Hepatites Virais já realizaram 25 ações como essas no Recife, com 1.176 pessoas testadas para sífilis, HIV e hepatites. Também já foram distribuídos 48.672 preservativos e 4.500 lubrificantes.
De acordo com o coordenador da Política de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis do Recife, Airles Ribeiro, durante a abordagem nos mercados, as pessoas que tiverem resultado positivo para sífilis serão orientadas para iniciarem tratamento nas unidades de saúde (USF) do Recife. “Já os casos positivos para HIV e hepatites virais serão encaminhados para os Serviços de Atenção Especializados (SAEs) das policlínicas Gouveia de Barros, na Boa Vista, ou Lessa de Andrade, na Madalena”, comenta. Todas essas unidades funcionam de segunda à sexta, das 08h às 17h.
O projeto “Bora Prevenir, Bora Testar” tem como objetivo ressaltar a importância da prevenção e dos testes rápidos na saúde sexual da população recifense. “Em parceria com a CSURB, os mercados públicos foram escolhidos de forma estratégica, devido ao número de pessoas circulando nesses locais”, explica a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marcella Abath.
Na rede municipal de saúde, a Prefeitura do Recife oferece serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces para ISTs. Existem dois SAEs para as pessoas com HIV/Aids e seus parceiros: o primeiro, na Policlínica Lessa de Andrade, localizada na Madalena, com mais de dois mil pacientes cadastrados; e o segundo no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Policlínica Gouveia de Barros, na Boa Vista, com capacidade para atender até 600 pessoas por mês.
Nestes locais, atuam uma equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos. São disponibilizados aos pacientes assistência clínica e psicossocial, indicação de profilaxias primárias e secundárias para infecções oportunistas e sexualmente transmissíveis; indicação e manejo de terapia antirretroviral.
A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife oferece, de forma rotineira, testagem rápida no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Policlínica Gouveia de Barros e também na Policlínica Salomão Kelner, em Água Fria. Além disso, a população pode se dirigir à unidade básica de saúde mais perto de casa, para saber a disponibilidades de testes rápidos para detecção de ISTs. O resultado sai em cerca de meia hora.
DADOS – No Recife, entre os anos de 1984 e 2020 (dados provisórios até novembro/2021), foram notificados 11.506 casos de aids, sendo 7.957 homens e 3.549 mulheres. Já as infecções pelo HIV somam, para o período de 2011 a 2020, 5.669 notificações, com 4.262 homens infectados e 1.407 mulheres. Neste mesmo período, foram notificadas 959 gestantes HIV+. No município, neste mesmo intervalo, foram contabilizados 1.597 óbitos por aids entre seus residentes, com média anual de 160 óbitos. No período de janeiro a junho de 2021, foram notificados 134 casos de aids, 390 infecções pelo HIV, atingindo 298 homens e 92 mulheres com 13 anos ou mais de idade - dessas, 61 são gestantes soropositivas ao HIV. Em 2021, de janeiro a junho, foram registrados 80 óbitos.