Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa homenageia patrona dos direitos das pessoas a partir de 60 anos
Em busca de perpetuar o legado de uma das pioneiras do movimento de luta pelos direitos das pessoas idosas em Pernambuco, o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), na Estância, realizou, na manhã desta sexta (4), duas homenagens à Edusa Pereira, falecida em 2018. O auditório principal da unidade e o Grupo de Convivência em Educação em Saúde, inaugurados hoje, receberam o nome da ativista. O grupo tem o objetivo de se reunir toda última quinta-feira do mês para debater assuntos relacionados ao envelhecimento.
“Edusa teve sua trajetória de vida marcada pela ampliação dos espaços e movimentos de convivência para o segmento idoso no Recife e em todo Estado. Essa homenagem nos possibilita perpetuar o legado dessa mulher que lutou sempre no acesso e garantia às diversas políticas públicas, dentre elas, e com maior destaque, o acesso à saúde”, reforça Kylvia Martins, coordenadora de Atenção Psicossocial do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa.
Em 2020, Edusa foi declarada patrona dos direitos da pessoa idosa em Pernambuco. A indicação do nome para o auditório foi realizada pelo Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR). A pernambucana atuou na Secretaria da Mulher de Pernambuco no Comitê interinstitucional Pró-Mulher idosa, foi conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Pernambuco (CEDIM-PE) e vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa – CEDIP. Venceu o Prêmio Cláudia, em 2012, e o Prêmio Direitos Humanos, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em 2015.
GRUPO DE CONVIVÊNCIA - O grupo é formado por pacientes idosos atendidos no ambulatório e internamento do HECPI, que é ligado à Prefeitura do Recife, além de moradores com 60 anos ou mais de comunidades próximas à unidade. Com reuniões mensais, o grupo terá palestras com profissionais, residentes e estudantes sobre educação em saúde e cidadania. “Nesses grupos, as pessoas idosas estão envolvidas enquanto sujeitos sociais, na luta pela questão do envelhecimento humano com qualidade e dignidade, enquanto sujeitos políticos na luta pela efetivação dos seus direitos”, explica Kylvia Martins, que também coordena o projeto. Os interessados em participar devem procurar o Serviço Social no ambulatório da unidade hospitalar.