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Saúde | 17.11.22 - 23h16

Prefeitura do Recife promove mutirão para detecção de hanseníase na Zona Oeste

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Iniciativa acontece neste fim de semana e será voltada para os moradores do Distrito Sanitário 5, que contempla bairros como Areias, Afogados, Barro e Bongi. No evento, população terá acesso a atendimentos com especialistas para diagnosticar a doença. (Foto: Ikamahã/SESAU)

 

A Prefeitura do Recife vai promover, nestes sábado (19) e domingo (20), um mutirão para detecção de hanseníase. Durante a ação, uma carreta do Projeto Roda-Hans, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, ficará estacionada no Centro de Saúde Bido Krause, no bairro do Curado, na Zona Oeste, para realizar os atendimentos. A iniciativa será voltada para os moradores do Distrito Sanitário 5, que contempla bairros como Areias, Afogados, Barro e Bongi (veja a lista completa aqui).

 

No sábado, a ação ocorre das 8h às 18h, e no domingo, das 8h às 16h, sem necessidade de agendamento. Durante o evento, os pacientes serão avaliados por enfermeiros, dermatologistas e fisioterapeutas da Secretaria de Saúde do Recife para diagnosticar a hanseníase. Para ter acesso aos serviços, os moradores do Distrito Sanitário 5 devem levar documento de identificação, CPF e o cartão SUS.  

 

Aqueles que receberem o diagnóstico da doença vão passar por aconselhamento e serão encaminhados para tratamento na Rede Municipal de Saúde. Todas as unidades de saúde da família do Recife realizam a terapia, que é feita com antibióticos e tem duração de seis a 12 meses. Poucos dias após o início do tratamento, o usuário deixa de transmitir a doença.

 

A hanseníase é uma doença crônica e infecciosa e é causada pela bactéria Mycobacterium Ieprae. A infecção acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, inclusive crianças e idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram novos casos. No Recife, de janeiro a agosto deste ano, foram diagnosticados 197 casos novos de hanseníase na população geral e nove em menores de 15 anos.

 

A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina a bactéria para o meio exterior por meio do espirro ou tosse, infectando outras pessoas que têm maior probabilidade de adoecer. A doença acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas também pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc.)

 

Essa evolução ocorre, em geral, de forma lenta e progressiva, podendo levar a incapacidades físicas. Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

 

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou à dor e/ou ao tato;

  • Comprometimento dos nervos periféricos, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;

  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;

  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;

  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;

  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.



REFERÊNCIA - Todas as unidades de Saúde da Família realizam tratamento da doença. Na Policlínica Lessa de Andrade, funciona o serviço de sapataria, voltado para os pacientes de hanseníase que necessitam de calçados especiais. Para ter acesso ao serviço, é necessário que o paciente seja encaminhado pela unidade básica, através do médico, fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional, que informa todas as especificidades do item a ser confeccionado. A sapataria produz palmilha de descompressão, sandálias, dorso flexor, splinter, entre outros.

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