Início de especialização marca Dia do Agente Comunitário de Saúde no Recife
Qualificação contemplará 1.510 profissionais da rede municipal
A Prefeitura do Recife deu início, nesta terça-feira (4), à segunda e terceira etapas do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), numa data especial, na qual se comemora o Dia Nacional da categoria. A iniciativa beneficiará a 1.510 profissionais que, dentro de um ano, terão a especialização no currículo.
Divididos em 53 turmas, os alunos passarão por uma carga-horária de mil aulas. Elas acontecerão sempre à tarde e em dias alternados para não comprometer a rotina de trabalho dos agentes. A parte teórica será oferecida nas faculdades Boa Viagem (FBV), Integradas do Recife (FIR), Maurício de Nassau, Integrada de Pernambuco (Facipe) e na Universo. Para completar o conteúdo, os grupos passarão por oficinas vivenciais.
Para ministrar o conteúdo programático foram acionados 62 docentes de nível superior de diversas funções da Secretaria de Saúde do Recife. Esse mesmo grupo passou por uma formação com carga-horária de 40 horas. A grade curricular abordará temas como Reforma Sanitária Brasileira e Políticas Públicas em Saúde, os dispositivos do Recife em Defesa da Vida (Acolhimento; Projeto Terapêutico Singular; Clínica ampliada/Matriciamento e Co-gestão), o papel social do ACS junto às comunidades e situação atual da profissão, entre outros. A realização do curso conta com a parceria do Governo Estadual, via Escola de Saúde Pública de Pernambuco, e com a UPE - Universidade de Pernambuco, por meio da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças.
Há nove anos atuando como ACS, Cícera Cabral acredita que a participação no curso fará diferença no seu cotidiano profissional na comunidade Sítio do Berardo, Madalena, Zona Oeste da Cidade. “O curso vai aperfeiçoar e trazer mais conhecimento para o que fazemos em nossa rotina. Entre os assuntos que serão discutidos está a questão da vulnerabilidade e do cuidado e isso será muito bom para nosso trabalho com idosos, adultos e crianças. E um ACS melhor qualificado possibilita ao usuário ser melhor atendido”, ressaltou.
De acordo com Gustavo Dantas, coordenador geral do curso técnico, a iniciativa exigiu um planejamento detalhado e um aporte financeiro considerável por parte da administração municipal. “A Prefeitura investiu mais de R$ 2,5 milhões na especialização. E o Recife foi um dos poucos municípios a apostar na formação dos profissionais utilizando recursos próprios”, apontou.
Segundo Dantas, a iniciativa vai se reverter em um atendimento diferenciado para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital pernambucana. “Os agentes comunitários de saúde não têm formação específica e o curso possibilitará essa qualificação. Além disso, trabalhará vários elementos, desde orientações para o cotidiano ao resgate do papel do ACS e até proporcionará aos participantes um melhor conhecimento sobre o Recife em Defesa da Vida, modelo de atenção e gestão à saúde adotado pela PCR”, completou.