Recife celebra a culminância do curso “Cultiva Terreiro: Saberes Ancestrais e Agricultura Urbana” nesta sexta-feira (14)

Evento reunirá representantes de terreiros e lideranças religiosas, com exibição de vídeo documental, entrega de certificados e kits de ferramentas, além de apresentações culturais no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, a partir das 17h. A participação é gratuita e aberta ao público
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Urbana, realiza, nesta sexta-feira (14), a partir das 17h, no Compaz Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro, a culminância do curso “Cultiva Terreiro: Saberes Ancestrais e Agricultura Urbana”. A atividade marca o encerramento de um ciclo formativo voltado à valorização dos saberes tradicionais afro-brasileiros e à promoção de práticas sustentáveis em parceria com seis terreiros de matriz africana da capital pernambucana, além da Rede de Mulheres de Terreiro e da ONG Jardins de Saberes.
A programação inclui o acolhimento dos participantes, o pronunciamento do Babalorixá Manoel Nascimento Costa, do Ilê Obá Ogunté - Sítio de Pai Adão, sobre a importância dos saberes ancestrais e das plantas sagradas nos terreiros, a exibição de um vídeo documental com as experiências vividas ao longo do curso, a entrega dos certificados de conclusão e de kits de ferramentas para apoiar as iniciativas desenvolvidas nos terreiros, além de um encerramento cultural com apresentações artísticas e partilha de comidas tradicionais.
Para a secretária executiva de Agricultura Urbana do Recife, Adriana Figueira, o curso valoriza as tradições afro-brasileiras e fortalece a agricultura urbana. “O Cultiva Terreiro une o respeito aos saberes ancestrais com as práticas agroecológicas que promovem a sustentabilidade e a soberania alimentar. Essa troca de conhecimentos entre o poder público e os povos de terreiro reforça a importância da diversidade cultural e religiosa como parte da construção de uma cidade mais justa, sustentável e inclusiva”, destacou.
Durante os últimos meses, representantes de diferentes casas religiosas participaram de quatro módulos práticos e teóricos que abordaram temas como compostagem e gestão de resíduos sólidos, implantação de hortas agroecológicas em pequenos espaços, manejo e manutenção das hortas sagradas, e beneficiamento de plantas alimentícias e das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). A iniciativa integrou os conhecimentos ancestrais dos povos de terreiro às ações de fortalecimento da agricultura urbana no Recife.
Entre os terreiros que participaram do Cultiva Terreiro estão o Ilê Asé Aganjú Aséobà, de Mãe Miriam de Xangô, em Afogados; o Ilê Asé Oyá Bery, de Mãe Eugênia Maria de Freitas Chang, no Barro; o Ilê Oyá Igbalé Funan, de Mãe Elaine, na Várzea; o Ilê Obá Aganjú Okoloyá, de Mãe Maria Helena Sampaio, em Dois Unidos; o Ilê Omô Ifé Asé Togun Ofá, de Pai Júnior Cinho de Logunedé, no Vasco da Gama; e o Terreiro Sede Bloco Obirin, de Mãe Paula Guedes, no Morro da Conceição.
INTEGRAÇÃO INTERSETORIAL - A iniciativa tem caráter intersetorial e contou com o apoio da Secretaria de Cultura (SECULT), da Secretaria Executiva de Controle Urbano (SECON), da Secretaria de Direitos Humanos e Juventude (SDHJ), da Secretaria de Cidadania e Cultura de Paz (Compaz) e do Programa ProMorar, fortalecendo a integração entre políticas públicas voltadas à sustentabilidade, à inclusão social e à valorização das tradições afro-brasileiras.
Confira o horário da programação:
17h - Abertura oficial, com acolhimento dos participantes e apresentação cultural
18h - Fala do Babalorixá Manoel Nascimento sobre saberes ancestrais e o uso de plantas sagradas nos terreiros.
19h - Exibição do vídeo “Cultiva Terreiro”, com o percurso formativo e as experiências vivenciadas ao longo dos módulos.
19h30 - Entrega dos certificados aos participantes.
20h30 - Encerramento cultural, com apresentações artísticas e partilha de comidas típicas de terreiros.
SERVIÇO
Culminância do Curso Cultiva Terreiro: Saberes Ancestrais e Agricultura Urbana
Data: Sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Foto: Jaqueline Virgínio