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| 16.10.11 - 23h35

Projeto Forró de Um Real transforma Praça do Arsenal em coreto do interior

Um clima agradável de festa do interior tomou conta da Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife, na noite deste domingo (16), terceiro e último dia da Virada Multicultural promovida pela Prefeitura do Recife. Em um palco instalado em frente ao Espaço Cultural Teatro Mamulengo, as dezenas de famílias presentes puderam acompanhar uma apresentação especial do projeto Forró de Um Real, nas suas duas vertentes: o teatro de bonecos do “Mamulengo Jurubeba” e o forró pé de serra do grupo “Vôte! O que é isso?”.
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Fundado em 1982, na cidade de Maceió (AL), tendo à frente o bonequeiro José Júlio de Melo, o Mamulengo Jurubeba colocou em cena 10 bonecos para contar “As aventuras de uma viúva alucinada”. O resultado: risos e aplausos, especialmente das crianças, que participaram ativamente do espetáculo, dando dicas e orientando os personagens. “Esta interação com o público é nosso principal diferencial. Há cinco anos nos apresentamos aqui, nesta Praça, sempre com muito sucesso”, contou José Julio, mais conhecido com Jurubeba.
 
Segundo ele, o convite para participar da Virada foi recebido com alegria por todos que fazem o “Forró de Um Real”. Jurubeba lembra que tanto o mamulengo quanto o grupo Vôte alimentam-se do teatro de rua, a exemplo do Teamu, do bairro da Mustardinha.
 
Já o líder do “Vôte! O que é isso”, Anderson Guedes, que atua no vocal e na percussão, fez questão de revelar que o grupo bebe na fonte mais tradicional da música nordestina, o que incluiu nomes como Luiz Gonzaga e Jacson do Pandeiro. “Também apresentamos músicas de compositores mais novos, como Cátia de França, Ednardo e Tales Ribeiro. Este último, inclusive, colabora no mamulengo e ainda participa da nossa banda, que além de mim, é formada por Douglas Donato (violão), Felipe Wagner (sanfona), e Clodô Gomes (contrabaixo) e Luizinho (percussão leve)”, explicou Anderson Guedes.
 
Grávida de Felipe e de mãos dadas com Renata, de quatro anos, a artista plástica Lívia Vasconcelos, 28 anos, ficou encantada com o mamulengo. “Este tipo de arte popular não pode morrer nunca. É bom ver um projeto oficial incluir esta manifestação na programação cultural. A Prefeitura acertou”, garantiu Lívia. O vendedor de amendoim Roberto Gomes, 31, também elogiou a programação. “O pessoal do forró é muito bom e está prendendo a atenção de todos. Bom pra mim, que estou vendendo bastante”, comemorou.