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Cultura | 02.11.11 - 08h47

Bairro da Várzea ganha casa de acolhida

O abrigo, gerenciado pela Secretaria de Assistência Social, terá como finalidade promover o acolhimento e reinserção social de crianças em situação de vulnerabilidade social

O Recife dispõe, a partir de hoje, de mais uma casa de acolhimento para crianças que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A Casa de Acolhida Temporária Acalanto, localizada no bairro da Várzea, foi aberta numa cerimônia que contou com a presença da secretária de Assistência Social, Niedja Queiroz; membros de ONGs; conselheiros tutelares e líderes da associação de moradores da comunidade.

O espaço, adquirido com recursos do Baile Municipal de 2010, irá atender em torno de 20 crianças dos 7 aos 12 anos que sofreram algum tipo de violência doméstica ou que se encontram em situação de rua. Elas serão integradas à residência através de indicação do Conselho Tutelar em parceria com o Ministério Público e a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA).

Para a secretária de Assistência Social, Niedja Queiroz, a Casa de Acolhida Temporária Acalanto reforça uma concepção mais humanista de acompanhamento que vem sendo aplicada pela gestão, em consonância com as novas tendências da área. “Não queremos mais os modelos de assistência das décadas de 1970 e 1980, onde os indivíduos são institucionalizados, tornando-se reféns daquele sistema. O que estamos fazendo é ajudar estas crianças na construção de uma autonomia, para que possam ser agentes de suas próprias vidas”

A assistente social, Flávia Pedrosa, responsável pelo gerenciamento do equipamento, ressalta a importância da casa de acolhida ser um local transitório para a criança no intuito de evitar a perda do vínculo familiar. “Num primeiro contato com a criança faremos uma tentativa de localização dos responsáveis para avaliar os motivos dela se encontrar desamparada, pois nosso objetivo principal é reintegrá-la a família. Para isso é necessário que haja uma atmosfera saudável de convivência”, disse.
 
As crianças acolhidas terão os cuidados de dois psicólogos, dois assistentes sociais e um terapeuta ocupacional, que integram a residência. Além desses, trabalharão nas atribuições da casa cerca de 40 funcionários.