Saúde | 24.02.16 - 19h14
Secretário de Saúde do Recife apresenta ações de controle do Aedes aegypti na cidade para a diretora-geral da OMS
Em sua apresentação nesta quarta-feira (24), realizada no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), para a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, mostrou a série histórica de incidência das arboviroses - dengue, chikungunya e zika -, apontando que apesar do quadro de microcefalia o Recife chegou a apresentar o menor índice de infestação de focos dos últimos 10 anos, caindo de 3,4% para 1,1%, de acordo com o último Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação), emitido em janeiro deste ano. A diretora-geral da OMS veio a Pernambuco para conhecer a situação do surto de microcefalia no Estado, associado ao vírus Zika, e o que tem sido feito para enfrentar a esse quadro.
Jailson Correia destacou todo o esforço que a Prefeitura do Recife vem desempenhando desde 2014 para o controle do mosquito Aedes aegypti, lembrando que só em 2015 um total de 2,2 milhões de visitas foram realizadas em imóveis da cidade. "No que compete ao poder municipal ações de controle foram intensificadas com mutirões, parceria com o Exército e com outras instituições para conter a proliferação do Aedes aegypti", reforçou o secretário, acrescentando a execução de ações integradas dentro do Plano Emergencial de Enfrentamento ao Mosquito Aedes aegypti com a participação de 19 secretaria municipais, com a execução de 53 ações. Correia destacou a integração com o Programa Mãe Coruja Recife, a capacitação de mais de 5,5 mil profissionais de saúde e a implantação do Núcleo de Desenvolvimento Infantil, na Policlínica Lessa de Andrade, para reabilitação dos bebês diagnosticados com microcefalia, atualmente com 43 bebês em acompanhamento por equipe mutiprofissional. Jailson Correia falou ainda do Hospital da Mulher como um importante centro de diagnóstico ao ser entregue.
O Imip, que é referência no tratamento das crianças diagnosticadas com microcefalia, onde nasceram 167 bebês, sendo 150 em acompanhamento na unidade de saúde, apresentou as potencialidades para atendimento dos casos, a exemplo do centro de pesquisa clínica, laboratório de pesquisa translacional, biobanco, centro de reabilitação fisicomotora, entre outras potencialidades. O secretário estadual de Saúde, Iran Costa, informou que Pernambuco tem hoje 24 unidades para atendimento dos casos de microcefalia espalhados pelo Estado. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que acompanhou a visita da diretora da OMS, Margaret Chan, disse que não faltarão recursos para o maior problema de saúde pública já enfrentado na história do Brasil. Após ouvir todas as apresentações, Margaret Chan avaliou que o desafio é grande, mas que é possível com a união de todos os segmentos da sociedade vencer o problema. "Precisamos contar com a ajuda da população", falou.