Aulões promovidos pelo Festival de Dança animam o domingo no Parque Dona Lindu
A programação da 17ª edição do Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) agitou o Parque Dona Lindu na tarde deste domingo (21). Quem visitou o espaço de lazer, situado em Boa Viagem, pode conferir e participar de aulões de variados gêneros da dança. O evento ofereceu aulas de Dança Arábe com a professora Simone Mahayla, Dança Contemporânea com Vanessa Alcântara, Levi Costa e José Edson, a dança de Salão ficou com Salo Santos.
Os aulões duraram mais de 3 horas e reuniram cerca de 200 pessoas. Segundo, Joclessia Gonçalves, uma das integrantes da coordenação do FIDR, a proposta da atividade foi promover a interação da população com as linguagens das danças.“A ideia principal dessa parceria da Secretaria de Cultura e Esporte e Lazer é trazer vários tipos de danças para a rua e fazer com que essa expansão traga a oportunidade das pessoas conhecerem a realidade da dança mais de perto”, ressaltou.
O professor de dança de salão Salomão Santos se apresentou com um um grupo de 10 alunos. Ele contou sobre o processo de criação ao longo das atividades coreográficas e os benefícios da dança. “Em minhas aulas eu procuro sempre trabalhar com a coordenação motora dos meus alunos, mostrando para eles também os movimentos e a explicação de cada um. A dança de salão é rica em flexibilidade, estabilidade, é um excelente exercício cardiovascular, reduz o estresse e desenvolve o controle pessoal”, explicou.
A Dança de Rua (Break) também teve destaque nos aulões. O professor e coordenador de Cultura da Associação de Hip Hop pernambucano, Levi Costa avalia a sua modalidade como um incentivo para os jovens das comunidades. “Essa iniciativa aqui hoje é muito importante para nós que treinamos tanto e sofremos muito preconceito. Como educador é muito gratificante mostrar para as pessoas a nossa dedicação. Esses 15 jovens se apresentando aqui comigo, é a prova de que essa dança de rua não é dança de maloqueiro, e sim uma dança séria e que tem uma história carregada de cultura”, ressaltou Costa.
O projeto também teve a apresentação da Dança do Ventre que é um segmento forte hoje na dança mundial e, sobretudo, brasileira. Com a linha do espetáculo “Florescer”, a professora pernambucana Simone Mahayla e suas 6 dançarinas mostraram para as pessoas um pouco da cultura árabe. O grupo trata também sobre a questão da sustentabilidade, por meio da reciclagem, e da inclusão social, com a participação da Cia de Dança Cadências com bailarinas cadeirantes. A iniciativa pretende disseminar a cultura árabe por meio da dança e despertar no público a consciência cidadã.
O 17° Festival Internacional de Dança do Recife acontece até o dia 27 de outubro, oferecendo espetáculos a preços populares (R$ 5,00), workshops gratuitos e intervenções urbanas em diversos pontos da capital pernambucana. O evento presta homenagem à bailarina e coreógrafa pernambucana Maria Paula Costa Rego.