Engenheiros e arquitetos participam de debate sobre acessibilidade
A Prefeitura do Recife promove, durante esta segunda-feira (26), um diálogo seguido de atividade prática entre pessoas com deficiência física e os alunos do curso de Normas Técnicas de Acessibilidade, destinado aos engenheiros e arquitetos do município. A atividade é realizada pela Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC), através da Gerência da Pessoa com Deficiência.
A vivência prática faz parte do Projeto Recife Formação Acessível, que visa apoiar os programas que oferecem tratamento inclusivo com respeito às diferenças. Após a conversa, os participantes visitam os espaços do edifício sede da Prefeitura, onde irão dar depoimentos sobre suas experiências com relação às estruturas de acessibilidade.
“A vivência prática serve para mostrar que todos os assuntos falados em aulas teóricas podem se tornarem realidades. Com os depoimentos das pessoas com deficiência esses profissionais comecem a ver quais as reais necessidades enfrentadas por elas em espaços cheios de barreiras, que as impede de exercer completamente suas atividades. Muito mais importante que simular situações vividas por pessoas com deficiência é estar lado a lado com elas para observar como elas se comportam diante daquilo”, explicou a arquiteta e urbanista, Ângela Carneiro.
O servidor da PCR, Iremar Junior, movimenta-se com a ajuda de uma cadeira de rodas e relatou no encontro as dificuldades que enfrenta no dia-a-dia. “Pensar acessibilidade é pensar autonomia. E ter autonomia é poder caminhar pelas calçadas, utilizar os prédios e espaços públicos e usufruir dos meios de transporte de forma independente e segura. Para mudar essa realidade é fundamental incluir nos projetos de arquitetura e urbanismo a questão da acessibilidade”, salientou.
O projeto é resultado de um convênio firmado com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDHPR) e tem por objetivo trabalhar com cursos de capacitação com foco na acessibilidade. Os programas para arquitetos e engenheiros visam adequar no dia-a-dia dos profissionais uma melhoria na comunicação, oferecendo dessa forma um tratamento inclusivo com respeito às diferenças.