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Cultura | 16.03.13 - 21h05

Aula espetáculo incentiva jovens a aproveitarem boas oportunidades

[caption id="attachment_32363" align="aligncenter" width="680"] Roberto Carlos Ramos ministrou, à convite da PCR, aula espetáculo no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]

“Um exemplo a ser seguido”. Foi assim que o prefeito Geraldo Julio classificou a vida do pedagogo mineiro Roberto Carlos Ramos, que, à convite da Prefeitura do Recife, ministrou aula espetáculo neste sábado (16), no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, para alunos da rede municipal de ensino, do Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Ex-viciado em drogas, Roberto percorre o País contando sua história e incentivando os jovens a aproveitarem as boas oportunidades de crescimento apresentadas pela vida.
 
A abertura do evento ficou por conta do Coral Águas que Passam, formado por internos da Fundação Atendimento Socioeducativo (Funase). Os jovens executaram músicas de Luiz Gonzaga e Alceu Valença, entre outras. “A vida de Roberto Carlos Ramos é um exemplo a ser seguido. Fico feliz em ver que ele também ajuda outras pessoas a mudar de vida, contando sua história. A apresentação do coral também foi muito emocionante”, afirmou Geraldo Julio, que estava acompanhado da primeira-dama, Cristina Mello, e dos três filhos.
 

[caption id="attachment_32370" align="aligncenter" width="680"] Geraldo: “A vida de Roberto Carlos Ramos é um exemplo a ser seguido”. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]

Roberto Carlos Ramos, de 47 anos, foi usuário de drogas e praticava roubos nas ruas de Belo Horizonte, cidade onde nasceu. O pedagogo viveu na rua dos seis aos 13 anos de idade. Nesse período, chegou a fugir 132 vezes da antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem). Foi considerado “irrecuperável” por muitos profissionais.
 
Contudo, aos 13 anos, Roberto Carlos foi adotado por uma francesa, que se negou a acreditar que uma criança como ele fosse um caso perdido. A mãe adotiva o ensinou a ler e escrever, em francês e português, e, em seguida, o levou para morar na França por sete anos. De volta ao Brasil, formou-se em pedagogia e se tornou um contador de histórias. Hoje, moram com Roberto 25 jovens adotados por ele.
 

[caption id="attachment_32371" align="aligncenter" width="680"] Roberto Carlos Ramos, de 47 anos, foi usuário de drogas e praticava roubos. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]

Em sua apresentação, o mineiro falou sobre a importância de se estar atento às oportunidades. “Quando se aproveita as oportunidades, você pode melhorar a sua vida e a vida das pessoas que vivem ao seu redor”, destacou Roberto Carlos Ramos.
 
Para a secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, a aula espetáculo seguiu os moldes do trabalho que será desenvolvido pela pasta. “Vamos trabalhar para alcançar a igualdade social no Recife”, pontuou. Também presente ao evento, o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, deu um recado para os internos da Funase. “Não olhem para o retrovisor. Sigam o exemplo de Roberto Carlos e vocês poderão ser vitoriosos.”