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| 26.03.13 - 20h05

Recife recebe os seus primeiros residentes médicos

Turma pioneira passará três anos se aprimorando em psiquiatria

[caption id="attachment_32753" align="aligncenter" width="680"] Jailson Correia: “Certamente a presença dos residentes será um indutor de mudanças e de melhoria na rede de atenção à saúde mental”. (Foto: Inaldo Lins/PCR)[/caption]

Os aprovados para o primeiro programa de Residência Médica da Secretaria de Saúde do Recife se reuniram ontem (25), na sede da Prefeitura, com o secretário Jailson Correia, a secretária executiva de Atenção à Saúde, Cláudia Miranda, o secretário executivo de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Fernando Gusmão, e coordenadora de Saúde Mental, Telma Melo. “Este é um programa muito importante para a Prefeitura. Os avanços na psiquiatria andavam em descompasso com o aparelho formador, e certamente a presença dos residentes será um indutor de mudanças e de melhoria na rede de atenção à saúde mental”, afirmou Jailson Correia, ao receber os estudantes.

A residência vai durar três anos e, segundo a coordenadora do programa de residência, Carla Novaes, não vai estar focada exclusivamente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).  Ela provocou os residentes, afirmando que “o programa está muito bem estruturado, mas os alunos não vão receber nada fechado, pronto. A formação médica é dinâmica, viva, e cada um de vocês será co-responsável pela construção dessa história”. Carla chamou o programa de “residência em rede”, por sua área de abrangência e por envolver diversas unidades de saúde.

“Acredito que esta nova residência vai ser muito significativa para nossa formação e, também, para nossa região como um todo. Sabemos que há muitas dificuldades para enfrentar, e por isso entramos com a expectativa de poder atender a um novo paradigma para a psiquiatria e com a responsabilidade de assumir um perfil proativo”, comentou Larissa Vieira, uma das médicas aprovadas.

FORMAÇÃO ESTRATÉGICA - Nesta primeira turma, foram ofertadas seis vagas, às quais concorreram 47 candidatos de todo o país. Os aprovados são ex-alunos da UFPE, UPE e Imip. A iniciativa da Prefeitura permitiu aumentar consideravelmente a quantidade de residentes na área: até então, Pernambuco contava com outras duas residências em psiquiatria, oferecidas pelos Hospitais das Clínicas da UFPE e Ulysses Pernambucano (Tamarineira), que juntos formavam apenas quatro psiquiatras por ano.

Para as atividades teóricas, os residentes vão utilizar as salas de aula da Escola de Saúde Pública de Pernambuco, numa parceria da Prefeitura com a Secretaria Estadual de Saúde. Os hospitais estaduais Getúlio Vargas e Ulysses Pernambucano (Tamarineira), bem como a Policlínica Lessa de Andrade e os seis Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), que são gerenciados pela Prefeitura do Recife, serão usados como campos de prática. Além disso, será disponibilizado alojamento no Hospital Oscar Coutinho, no bairro dos Coelhos, que é conveniado ao SUS e possui leitos de desintoxicação para alcoolistas.