Maternidade em Afogados dobrará capacidade de realizar partos após requalificação
[caption id="attachment_34112" align="alignnone" width="679"] Médicos nomeados pelo prefeito vão exercer as funções de ginecologista e obstetra plantonista. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]
Na véspera do Dia das Mães, a Prefeitura do Recife deu início a um conjunto de intervenções na Maternidade Professor Bandeira Filho, em Afogados, que vão humanizar o atendimento às mulheres grávidas. O prefeito Geraldo Julio foi ao equipamento na manhã deste sábado (11) autorizar as melhorias. Através do projeto Rede Cegonha, uma parceria com o Ministério da Saúde, a PCR vai investir R$ 1,5 milhão na requalificação da maternidade, garantindo a realização de 400 partos por mês, o dobro da capacidade atual. Antes, a unidade passará por uma reforma na sua estrutura. Em paralelo às benfeitorias físicas, o prefeito também ampliou o quadro funcional da maternidade nomeando duas médicas obstetras.
A adesão ao projeto Rede Cegonha vai permitir à Prefeitura a implantação da “Casa Gestante” na maternidade. “Nesse espaço, 20 mães poderão ficar hospedadas fazendo acompanhamento dos recém-nascidos que não podem ter alta”, explicou Geraldo Julio, destacando uma outra ação que tem como foco a saúde das futuras mamães: a construção do primeiro Hospital da Mulher do Recife, que já está em curso.
Através do Rede Cegonha, a Prefeitura ainda vai construir um Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar com cinco leitos e reformar a triagem obstetrícia da Bandeira Filho. "A humanização do atendimento à saúde implantado aqui deve ser o foco de todo o SUS. Esse ato é a tradução do que a gente quer fazer para melhorar o atendimento materno-infantil em nossa cidade. Nós estamos começando no dia de hoje, mas vamos fazer investimentos em todas as nossas unidades", pontuou Geraldo Julio.
As intervenções, que serão executadas em um ano, vão começar em 90 dias, depois que a Prefeitura concluir uma reforma estrutural na maternidade, cuja Ordem de Serviço foi assinada hoje pelo prefeito. Com a reforma, orçada em R$ 118 mil (recursos do município), a maternidade ganhará a limpeza da fachada, recuperação de rejunte, impermeabilização da laje, pintura do bloco cirúrgico, troca da porta de acesso ao bloco, revisão hidráulica do banheiro do pré-parto; além da colocação da luminária no pré-parto da unidade.
Atualmente, a maternidade realiza uma média de 2.100 atendimentos de urgência obstétrica e 4.500 atendimentos ambulatoriais a cada mês. O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, enalteceu a nova “roupagem” que a PCR dará à Bandeira Filho. “A maternidade vai ganhar uma nova estrutura muito importante. Desde a entrada, na triagem dos pacientes com o acolhimento e classificação de risco, até o centro de parto normal, que terá um atendimento mais humanizado, adequado e qualificado”, argumentou.
[caption id="attachment_34111" align="alignnone" width="679"] Serão investidos R$ 1,5 milhão na requalificação da maternidade, garantindo a realização de 400 partos por mês, o dobro da capacidade atual. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]
Representando o Ministério da Saúde no ato, o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales, comemorou o início da reorganização da assistência obstétrica no Recife. "Com essas ações, a assistência está sendo territorializada. A PCR está de parabéns. Conte conosco para essa tarefa", afirmou Sales.
Mãe da recém-nascida Maria Isabel, a estudante Priscila Maria, 21 anos, teve sua primeira filha na Bandeira Filho. Entusiasmada, ela acredita que com as obras a local ficará ainda mais acolhedor. “Tem muita coisa precisando ser feita aqui. Depois que tudo for concluído, não tenho dúvida de que as mulheres terão condições melhores para terem os bebês”, disse.
NOVOS MÉDICOS – Os médicos nomeados pelo prefeito vão exercer as funções de ginecologista e obstetra plantonista. Geraldo Julio ressaltou que a PCR está fazendo um mapeamento do déficit de profissionais da área. “Essas nomeações de hoje podem parecer singelas, mas sabe a importância desses dois profissionais aqueles recifenses que estiveram aqui nessa unidade para procurar atendimento e não foram atendidos por causa da ausência de obstetras”, finalizou o prefeito.