Operação coíbe som alto no Centro do Recife

No primeiro dia da operação de combate à poluição sonora, os fiscais da Prefeitura do Recife vistoriaram 21 estabelecimentos no centro da Cidade. Quatro lojas foram autuadas por estarem usando som alto. Agora, os proprietários vão responder a um processo administrativo e poderão receber desde advertência até multa que chegam a R$ 5 mil. Quatro comerciantes informais, que estavam com equipamentos de som, também foram orientados sobre a proibição. A ação, que é realizada de forma integrada pelas secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Mobilidade e Controle Urbano, segue amanhã com a vistoria de novas lojas no bairro de São José.
De acordo com Janaina Macêdo, chefe da fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, as lojas podem ter apenas som interno, respeitando os limites da lei. Os estabelecimentos que foram autuados, caso não tenham registro de infração anterior, receberão só uma advertência escrita. Mas, se forem reincidentes, poderão ser multadas. “Nós intensificamos a fiscalização, e, caso voltem a insistir na prática, podemos apreender os equipamentos”, afirmou.
Embora algumas lojas não estivessem com equipamentos de som ligado, os servidores da prefeitura entram nos estabelecimentos e orientaram sobre a proibição de se ter caixas voltados para a rua ou ocupando a calçada. “A ação tem o objetivo de garantir o bem-estar de quem trabalha no centro ou está só de passagem. O som alto pode causar vários problemas de saúde: estresse, dores de cabeça”, ressaltou Janaina Macêdo.
Os servidores da Semoc ainda abordaram quatro comerciantes informais. “A ação foi educativa. Nós informamos que eles não podem fazer esse tipo de atividade na área pública. Após esse período de orientação, se encontrarmos alguém contribuindo para poluição sonoro, vamos apreender o material. As empresas citadas nas publicidades também podem ser responsabilizadas”, afirmou Irajacira Beltrão, chefe de fiscalização de Controle Urbano.
A operação tem como foco as lojas e comerciantes informais, que usam som para fazer propaganda ou chamar a atenção do público nas ruas. A iniciativa está priorizando 42 empreendimentos de 26 ruas na área central da capital pernambucana. Um levantamento feito pela Semoc identificou que esses locais utilizam irregularmente equipamentos sonoros. Para constatar o som alto, a fiscalização está usando um decibelímetro, aparelho que mede a intensidade dos ruídos.