Dia do Teatro e do Circo foi comemorado com debates e apresentações
Na quinta-feira, 27 de março, comemorou-se o Dia Mundial do Teatro e o Dia Nacional do Circo. Para celebrar a data, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife promoveram uma programação que teve início na segunda-feira (24), no Museu da Cidade, no Forte das Cinco Pontas. A ideia foi de proporcionar aos artistas, produtores e demais interessados no universo das artes cênicas a reflexão sobre o fazer artístico. Nesta última noite de debates, o tema foi Linguagens e Estéticas na Cena Contemporânea, que teve como convidados, representando o teatro, Marcondes Lima e Augusta Ferraz, e pelo circo, as artistas Giulia Cooper e Índia Morena, esta última reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco.
O gerente de Artes Cênicas da Prefeitura do Recife, Romildo Moreira, falou sobre a riqueza do conteúdo acumulado nas conversas. “Nós ficamos surpresos com a resposta do público e da classe artística que esteve presente ao longo desses quatro dias, porque é difícil a gente se encontrar, principalmente envolver duas linguagens que são tão próximas, artisticamente falando, mas são tão distintas na sua prática. E foi muito bom por ter sido um momento de reflexão, de saber por onde a gente pode caminhar junto e crescer, e de que forma a gente pode conquistar público, por que sem ele a gente não é ninguém”, comentou.
A cada dia um tema foi levado para ser discutido com os presentes. Formação, Circulação, Economia Criativa, Inovação e Produção nos campos do Teatro e do Circo foram algumas das questões debatidas nas mesas redondas, desde segunda-feira (24), no auditório do Museu da Cidade. Os debates foram propostos pelos artistas de Teatro e Circo, no 1º Encontro Anual de Artes Cênicas, ocorrido no início de fevereiro.
O ator e bailarino Valdir Nunes acompanhou três das quatro conversas realizadas esta semana. Para ele, que reúne as técnicas da dança, da música e da representação para comandar o Pastoril do Velho Maroto, participar dos debates foi um aprendizado. “O que a gente viveu aqui é um acréscimo. A gente aprende todo dia. Falou-se muito no contemporâneo. O contemporâneo é hoje, mas para a gente montar um espetáculo em cima do hoje, a gente tem que ter um pouco do ontem, da história, e cada um com seu discurso, com seus conhecimentos, aprende e cria coisas novas”, falou.
Além das discussões, quem esteve no Museu da Cidade esta semana pôde ver na prática o quanto a arte do circo e do teatro está presente na vida das pessoas. Após cada debate, um público diverso se reunia no pátio ou no auditório do Museu para prestigiar as montagens que integraram a programação.
[caption id="attachment_44901" align="alignleft" width="680"] Após cada debate, um público diverso se reunia no pátio ou no auditório do Museu para prestigiar as montagens . (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]Na noite desta quinta-feira, para encerrar as comemorações do Dia do Teatro e do Circo, o público pôde liberar a risada com uma mostra das escolas de circo, trupes e artistas independentes do Recife e Região Metropolitana. Com apresentação do desenvolto palhaço Cavaco, as trupes Arte em Movimento, Circus, Etnia, Pernilongo, Caso à Parte, o palhaço Tapioca e o mágico Mickael Marvel mostraram números de palhaço, malabares, mágica, pirofagia e contorcionismo, e divertiram quem estava por lá.
O estudante Vitor Vierry, de 11 anos, foi ao Museu da Cidade acompanhado da mãe e do padrasto, para conferir as apresentações. Sentado na primeira fila, Vitor interagiu e riu bastante com as brincadeiras dos artistas circenses. “Foi muito engraçado. É legal poder ver apresentações de circo. Minha mãe me leva sempre”, disse.