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Cultura | 01.04.15 - 17h45

SMAS debate medidas para diminuir emissão de Gases do Efeito Estufa

Entre as principais medidas, estão o investimento em transporte público, ampliação da coleta seletiva e a implantação do Parque Capibaribe

Uma série de medidas para reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) no Recife foi apresentada, nesta quarta-feira (01), pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Entre as principais iniciativas, estão o investimento em transporte público, ampliação da coleta seletiva e implantação do projeto Parque Capibaribe. Por ano, a capital pernambucana chega a lançar 3 milhões de toneladas de CO2 equivalente no ar. As ações fazem parte de um Plano de Mitigação às Mudanças Climáticas e foram debatidas junto aos membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), na Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE), na Boa Vista.

Realizado em parceria com o Iclei, o plano aponta as principais ações sustentáveis capazes de reduzir as emissões de CO2, tendo como base o Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) da cidade. “Estamos numa fase de apresentar a proposta e receber as contribuições da sociedade civil, através do COMAM. Ao mesmo tempo, estamos finalizando os estudos para estabelecer metas de redução. Queremos um plano palpável, que coloque a cidade num rumo mais sustentável e os gestores públicos disponham de metas claras para implementar as medidas pactuadas”, informou o secretário Executivo de Sustentabilidade da SMAS, Maurício Guerra.

De acordo com ele, o setor responsável pela maior quantidade de GEE jogada na atmosfera do Recife é o de transporte, devido à queima de combustível fóssil. São 66% de todo CO2 lançado. “Pelo automóvel ser o grande vilão, muitas soluções focam no estímulo ao uso de bicicleta, implantação de ciclovias e transporte coletivo, a exemplo do VLT e BRT. Há também o projeto Parque Capibaribe, que é um corredor de 30km destinado a ciclistas e pedestres às margens do rio. Eles representam passos fundamentais para mudar a cultura do crescimento da cidade, de forma a trazer menos impacto ao meio ambiente e ao clima”, disse Guerra.

Ainda durante o encontro, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) também apresentou os resultados de um Inventário de GEE realizado em 11 empreendimentos, em 2013. Usando um método da ONU, a instituição prestou consultoria individual às indústrias para diminuir as emissões de gases, a partir do uso de soluções sustentáveis. Aderiram ao programa unidades do segmento de cerâmica e química, localizadas nos municípios de Paudalho, Timbaúba, Ribeirão, Glória do Goitá, Caruaru, Nazaré da Mata, São Caetano, Igarassu e Paulista.

Já a Universidade Livre do Meio Ambiente do Nordeste (Unieco), em parceria com a Green Earth, fez a exposição de um projeto para tratamento das águas no canal da Avenida Agamenon Magalhães, com uso de plantas aquáticas nativas. A tecnologia vem sendo utilizada para despoluição e monitoramento da qualidade da água no canal de Guarapiranga, em São Paulo. Segundo a Green Earth, o Rio Pinheiros, no mesmo estado, receberá intervenção semelhante.