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Os dois pavilhões montados para receber o evento ficaram lotados neste domingo (31). (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

A literatura entrou na programação de muita gente que circulou, neste domingo (31), no projeto Recife Antigo de Coração, promovido pela Prefeitura do Recife, no Bairro do Recife. Os dois pavilhões instalados na Avenida Rio Branco para receber a Festa do Livro, que integrou a programação do 12º Festival Recifense de Literatura, iniciado no último dia 20, ficaram lotados durante o dia inteiro. Além dos 22 estandes de editoras e livreiros pernambucanos, o público pode desfrutar de atividades culturais, como a apresentação do grupo Dois Cordéis, que mostrou uma performance em que mistura música e poesia. Durante os dois dias, 2.388 livros foram vendidos. A Festa do Livro é a uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Para o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, a avaliação da 12ª edição do Festival Recifense de Literatura é a melhor possível. Ele ressaltou o bom público presente tanto nos debates, quanto na Festa do Livro. “Tivemos casa cheia nos debates e palestras, e o público também presente na Festa do Livro. Sem dúvida, foi um marco para a cidade e prova que é um festival que vale a pena a gente fazer e investir. As livrarias participam, as pessoas têm acesso aos autores, às obras, e isso é que faz valer a pena, a gente estimular o hábito da leitura na população recifense”, comemorou.

Ele também aprovou o formato do Festival este ano, com a mudança para o Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas. “É um local de fácil acesso, belíssimo e aconchegante. Foi um ponto positivo desse Festival, os debates e as palestras terem sido lá”, colocou.

A estrutura montada para receber esta edição da Festa do Livro, que ocupou uma área de 1,6 mil metros quadrados, foi aprovada pelos livreiros. “Gostei muito da localização, da diversidade da feira e da forma como foram montados os estandes”, elogiou Luiz Carlos Andrade, da Pantera Cordelaria. Ele contabilizou, nos dois dias, a venda de 62 livros e 240 cordéis pernambucanos. O livreiro Gilberto Inácio da Silva, do sebo que leva o seu nome, também ficou satisfeito com a movimentação da feira. Ele vendeu 140 títulos nos dois dias. “Se eu tivesse conseguido reunir mais livros raros, certamente teria vendido ainda mais”, considerou.

Já Tarcísio Pereira, da Edições Tarcísio Pereira, aproveitou a Festa do Livro para abrir espaço para os lançamentos. Ele, que participa da feira desde a sua primeira edição e já foi homenageado duas vezes pelo evento, trouxe 17 autores para fazer sessões de autógrafos no seu estande, um dos mais movimentados da Festa. “Percebe-se que a cada ano a comunidade acredita mais no evento e o público vem sabendo que a Festa é o local dos novos autores”, avaliou.

Quem foi conferir a vasta programação do projeto Recife Antigo de Coração, acabou se deparando com a Festa do Livro. A estudante Fernanda Martins circulou pela Festa e aproveitou para conferir a apresentação do grupo Dois Cordéis. “Achei uma ótima iniciativa juntar os dois projetos. Além de poder aproveitar esse clima legal e as outras atividades que estão rolando no Recife Antigo, acabei encontrando aqui na feira um livro que procurava há um tempão”, comemorou.

Movimento Pró-Criança - O Movimento Pró-Criança, que teve sua sede destruída em um incêndio, na semana passada, contou com um espaço para a arrecadação de livros durante os dois dias da Festa. O educador do Movimento Pró-Criança, Marcos Quintino, ressaltou a importância da ação. “Ficamos felizes em contar com esse espaço precioso aqui na Festa. O movimento neste domingo está ótimo e estamos com a expectativa de arrecadar muitos livros”, torceu.