Banda Sinfônica do Recife celebra 60 anos com casa cheia
A Banda Sinfônica do Recife celebrou seus 60 anos de atividades, na noite de ontem, entre muitos amigos, antigos e novos admiradores do trabalho desenvolvido pelo maestro Nenéu Liberalquino e seus 70 músicos. Com direito a samba, frevo inédito e até Parabéns pra você no repertório, a apresentação lotou o Teatro de Santa Isabel e emocionou o público presente.
O concerto de aniversário começou com música erudita: a primeira peça executada foi Second Suite, de Gustav Holst, composta em 1911 em quatro movimentos: March; Song without Words “I’ll Love my Love”; Song of the Blacksmith; e Fantasia on the “Dargason”.
Do sempre prestigiado repertório da Música Popular Brasileira, foram tocadas: Ponteio, de Edu Lobo e Capinam, com arranjo de Hudson Nogueira; o samba Maluquinho, composição e arranjo de José Menezes, com solo de clarinete de Erilson Oliveira; e Nêga, de Afonso Teixeira e Waldemar Gomes, com arranjo de Adail Fernandes.
O concerto seguiu com a música Strawflower, de Ralph Hermann, com solo de sax alto de Eliúdo de Souza. E Rhapsody for Flugelhorn and Symphonic Band, de Sammy Nestico, com solo de flugelhorn de Fabinho Costa. Para, em seguida, acabar em grande estilo, com o frevo Tributo à BSR, música e arranjo compostos pelo próprio Nenéu Liberalquino, em homenagem à aniversariante Banda Sinfônica.
Na plateia, as amigas Maria José Teles, 78 anos, e Iana Lúcia Lima, 65 anos, ambas público cativo da Banda, eram só entusiasmo. “Nenéu é sempre garantia de uma programação de qualidade. Aquele baixinho é demais!”, derreteu-se Maria José.
A aposentada Rubinete Braz, 73 anos, mora no Rio de Janeiro há muitos anos, mas não deixa de prestigiar a Banda Sinfônica sempre que pode. “Amo os concertos, o teatro, tudo. Considero essa programação um estímulo para os jovens e um refresco para os mais velhos”, disse Rubinete, que sentou na primeira fila e fez questão de levar a família junto.
Novas plateias também não faltaram. “Conheci a Banda há pouquíssimo tempo e adorei. Acho que esses concertos gratuitos são uma política cultural muito eficiente. Eles estão de parabéns duas vezes”, brincou a estudante Emily Oliveira, 19 anos.