Maria Rita emociona o Recife com homenagem a Elis Regina
[/caption]Cerca de 30 mil pessoas lotaram o Parque Dona Lindu para um show que celebrou o primeiro ano de funcionamento do espaço de cultura e lazer
A Prefeitura do Recife celebrou em alto estilo o aniversário do Parque Dona Lindu. Uma multidão de fãs lotou o espaço inaugurado em março de 2011, para assistir ao show Viva Elis, em que a cantora Maria Rita interpreta músicas em homenagem a mãe, e que também encerrou as comemorações dos 475 anos da capital pernambucana.
O repertório apresentado no Teatro Luiz Mendonça, palco do segundo show da turnê em que, pela primeira vez, Maria Rita canta as músicas gravadas pela mãe, foi escolhido com esmero. Vestida de branco e acompanhada pelo público, Maria Rita cantou 25 clássicos assinados por grandes nomes da Música Popular Brasileira e que se tornaram ícones da carreira de Elis Regina, como Águas de Março, Fascinação, Tatuagem, Madalena, O Bêbado e o Equilibrista, Me Deixas Louca e Como Nossos Pais.
Durante quase duas horas de show, a emoção tomou conta do grande cenário à beira mar projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Foi um espetáculo temperado por muito sentimento, onde a cantora, que é filha de Elis com o músico César Camargo Mariano, contou histórias da infância com a mãe, relembrou momentos e, antes de entoar a música Essa Mulher, confessou: “Por meio de canções como essa, notei que a gente poderia ter muito em comum, que seríamos grandes amigas”, contou com voz embargada. E de fato a cantora comprovou o DNA, tanto na voz quanto no gestual, levando ao delírio as cerca de 30 mil pessoas das mais diversas idades presentes no Parque Dona Lindu, muitas delas exibindo cartazes da grande Diva da MPB. “Agradeço pelo carinho e generosidade de vocês. Ela é a maior cantora que o Brasil já teve e enquanto estiver viva nos nossos corações, tudo o que fez valerá à pena e ela estará aqui pertinho de nós”, enfatizou.
Acompanhada pelos músicos Thiago Costa, Sylvinho Mazzuca, Cuca Teixeira e Davi Moraes, Maria Rita externou toda uma carga emocional, entoando com muita técnica vocal e uma sonoridade apurada, as canções eternizadas pela imortal “Pimentinha”– apelido de Elis -, levando o público a recordar a mãe através da filha. “Parece que estou ouvindo a própria Elis”, comparou a psicóloga Juliana Figueiredo. “O Recife e o Dona Lindu fazem aniversário e nós é quem somos presenteados”, completou, entusiasmada.