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| 02.08.12 - 12h40

Aniversário do Memorial Luiz Gonzaga e memória de falecimento do Rei do Baião são lembrados neste sábado (4)

Forrozeiros, poetas e admiradores do músico encontram-se no Mercado da Madalena a partir do meio dia

O Memorial Luiz Gonzaga, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, realiza neste sábado (4) uma homenagem ao Rei do Baião e celebra 4 anos de fundação. O encontro da comunidade gonzagueana acontece no Mercado da Madalena, a partir do meio dia e não tem hora pra terminar. O evento contará com participação de vários forrozeiros, poetas e frequentadores assíduos do Mercado, considerado ponto de encontro dos apreciadores da cultura sertaneja no Recife.

Quem for ao Mercado poderá ver também a exposição fotográfica do Rei do Baião, que faz parte do Acervo do Memorial Luiz Gonzaga, e receberá um exemplar do cordel “02 de agosto - Missa ao Rei do Baião”, folheto com a liturgia da celebração dedicada a Luiz Gonzaga, com textos de Padre Luisinho, Egito Siqueira, Arlindo Lopes, Everaldo Solto, Louro do Pajeú, Janduhy Finizola, Jurandir da Feira, Raimundo Granjeiro, Gurdurinha, Nelinho, Júlio Ricardo, Oseias de Oliveira e Luiz Gonzaga.  

Luiz Gonzaga - Falecido há 23 anos, é considerado o representante maior da música popular nordestina. Interferiu decisivamente na trajetória da música brasileira ao introduzir no cenário nacional os ritmos do sertão e do nordeste – toadas, xotes, xamegos, baiões, xaxados, marchinhas, emboladas. Ao reencontrar-se com suas raízes musicais, ajudou a moldar a identidade nordestina no imaginário do Brasil, imprimindo ao acordeon das valsas e tangos, a partir da década de 40 do século XX, uma nova musicalidade. Então, como sanfona, o instrumento adquiriu nova personalidade.

Na sua busca obstinada pela essência sertaneja, Luiz Gonzaga encontrou nos arquivos da memória os instrumentos musicais para compor uma orquestração diferenciada, com o sotaque de sua terra, criando o primeiro trio de sanfona, zabumba e triângulo. Na vestimenta dos cangaceiros e vaqueiros, encontrou sua personalidade estética. Sua influência não pode ser mensurada. É a tradução musical e imagética da própria alma nordestina definitivamente inscrita no cenário brasileiro. Se fosse vivo, Luiz Gonzaga completaria 100 anos de idade, em 13 de dezembro deste ano.
 
Programação:

Mardônio
Chico Pedrosa (recital poético)
Flávio Souza
Terezinha do acordeon
As mulé de Gonzaga (recital poético)
Ed Carlos
Roberto Cruz
Andrezza Formiga
Rogério Rangel
Benil
Cristina Amaral
Cesar Amaral
Kinho Callou
Maciel Melo
Quinteto Violado