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Cultura | 02.09.14 - 17h30

IASC realiza seminário para reordenamento da rede municipal de acolhida

Cerca de 70 profissionais ligados à rede socioassistencial participaram do evento, que teve como tema "Reordenamento dos serviços de acolhimento para crianças, adolescentes e jovens da cidade do Recife". (Foto: Irandi Souza/PCR)

O Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife (SDSDH), realizou, nesta terça-feira (2), o seminário "Reordenamento dos serviços de acolhimento para crianças, adolescentes e jovens da cidade do Recife". Cerca de 70 profissionais, entre eles psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e demais trabalhadores integrantes da rede socioassistencial de acolhimento da cidade, participaram do encontro cujo objetivo era apresentar o panorama atual das Casas de Acolhimento Temporário (CAT) do Iasc e discutir formas de reordenação do serviço.

A secretária Ana Rita Suassuna, à frente da SDSDH, ressaltou que os municípios brasileiros têm até 2017 para pôr em funcionamento as diretrizes postas pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) do Governo Federal, através da Resolução de número 23, de 27 de setembro de 2013. “Nós queremos ampliar e qualificar o serviço de acolhimento prestado, bem como reformular o Plano Municipal. E, para isso, precisamos ouvir todos os parceiros envolvidos nesse processo, entre eles, o Ministério Público, Conselhos Tutelares, Organizações Não Governamentais e o poder judiciário”, pontuou.

Em Recife, já existem duas Casas Lares (uma das modalidades previstas na resolução Federal) em funcionamento e a terceira será inaugurada no fim deste mês. A proposta desse tipo de acolhimento se diferencia das demais CATs, pois na Casa Lar as crianças vivenciam um cotidiano mais próximo do dia a dia doméstico e ficam aos cuidados de uma mãe social. Cada uma dessas casas deve funcionar com no máximo dez crianças, as quais recebem visitas programadas de uma equipe técnica composta por profissionais responsáveis por acompanhar o desenvolvimento social e psicológico do usuário nesta modalidade de acolhimento.

Outro tipo de acolhimento previsto na resolução do MDS são as repúblicas para jovens. Elas são custeadas, em parte, por parcerias público-privado e também pela contribuição dos jovens que nela residem, os quais devem ser no máximo seis em cada república. A partir do ano que vem, o IASC começará a implantar casas como estas na sua rede assistencial.

A presidente do IASC, Ana Farias, destacou a importância de trabalhar em parceria com os órgãos que desenvolvem iniciativas de incentivo à qualificação profissional e inserção de jovens no mercado de trabalho. “Para que a república funcione, de fato, conforme idealizada pelo plano, precisamos buscar parceiros como entidades que desenvolvam projetos de fomento e incentivo à qualificação profissional voltada para jovens”, disse.