Inclusão também é a marca dos Jogos Escolares do Recife
Ela chamou a atenção de todos por seu entusiasmo. Enquanto seu irmão Cristiano vestia o uniforme de goleiro do time do Pestalozzi, que disputava os Jogos Escolares do Recife, na manhã deste sábado (30), na modalidade futsal para pessoas com deficiência, a professora Sylvia Muniz não parava de apoiá-lo, acompanhada pela irmã Silvana, pelo cunhado Otávio e pelo sobrinho José Victor. A competição aconteceu na quadra externa do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, na Imbiribeira.
“Cristiano joga todo sábado e estou sempre com ele. O esporte é fundamental para que a pessoa com deficiência se insira melhor na sociedade”, afirma Sylvia, que ensina educação física e é, atualmente, a diretora da Escola Estadual Marcelino Champagnat, em Tejipió. O apoio da família funcionou e o Pestalozzi, com Cristiano debaixo das traves, venceu o jogo contra o Geraldão por 4 x 2. Participou da disputa, também, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
O professor João Ferreira trabalha como voluntário na escola municipal Padre Henrique, na Associação Pestalozzi e no Geraldão, sempre buscando estimular a prática esportiva pelas pessoas com deficiência. “Como vamos aceitar o outro? Convivendo. É muito importante viver cada vez mais a inclusão, garantindo que eles tenham acesso ao esporte”, define. Na manhã deste sábado (30), ele mais uma vez deu sua colaboração, atuando como técnico das equipes.
Evento - Cerca de 760 alunos da rede municipal de ensino participam dos 29º. Jogos Escolares do Recife. Realizada pela Prefeitura, por meio das secretarias de Esportes e Copa do Mundo (Secopa) e de Educação, a competição envolve 28 escolas e vai até o dia 4 de dezembro, com disputas de futsal, voleibol, atletismo e natação, distribuídas em quatro categorias. Os jogos vão até a próxima quarta (4 de dezembro), quando serão definidos os últimos campeões do futsal.