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Cultura | 04.05.12 - 19h28

PCR apóia lançamento de livro sobre terreiros africanos

Livro “Alimento: Direito Sagrado” traz informações sobre comunidades religiosas de matriz africana em quatro cidades brasileiras

A Prefeitura do Recife, através de representantes da Secretaria de Direitos Humanos e
Segurança Cidadã do Recife (SDHSC), participará, na próxima segunda-feira (07), às 16h,
do lançamento do livro Alimento: Direito Sagrado – pesquisa socioeconômica e cultural
de povos e comunidades tradicionais de terreiros. O evento é uma realização do Governo
Federal e acontecerá na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), bloco G, auditório
G1, localizada na Rua do Príncipe, n° 210. Além dos gestores municipais, estarão presentes
representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

O livro é fruto do mapeamento das casas religiosas tradicionais de matriz africana nas Regiões Metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre, realizado nos anos de 2010 e 2011 pela Associação Filmes de Quintal (ASQ), selecionada por edital pelo MDS. A Prefeitura do Recife participou da coordenação da pesquisa na cidade. “Essa parceria com
o Governo Federal nos ajudou a guiar de maneira mais eficaz as políticas públicas voltadas
às comunidades tradicionais de terreiro. O lançamento deste livro vai coroar toda essa ação”, afirmou a diretora de Igualdade Racial da SDHSC, Rosilene Rodrigues.

A pesquisa é uma parceria do Governo Federal com a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ela teve origem na demanda das próprias
comunidades tradicionais de terreiros, que desejavam ser identificadas por pesquisas oficiais e, dessa forma, serem atendidas por políticas sociais e ações de segurança alimentar
e nutricional. Além da sua grande riqueza cultural, muitos dos terreiros são espaços de
acolhimento e promoção de ações sociais para a população que vive em seu entorno. Os
resultados também serão aproveitados para combater o preconceito e a intolerância religiosa.

“O mapeamento nos permitiu dialogar melhor com essa população, com a sua história. Além disso, devemos alimentar o respeito à diversidade religiosa, que é algo fundamental nas relações entre seres humanos”, explicou a diretora.