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Saúde | 04.07.25 - 09h25

Prefeitura do Recife intensifica ações de prevenção a hepatites virais

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Com o tema “Agir para Cuidar”, Secretaria de Saúde fortalece a mobilização social, amplia o acesso à testagem e ao cuidado, além de sensibilizar profissionais e população. (Foto: Divulgação)

Silenciosas e sem sintomas aparentes, principalmente nos estágios iniciais. Assim são as hepatites virais, doenças que têm cura, mas que, se não tratadas de forma adequada, podem evoluir para graves complicações e até levar a óbito. No Brasil, desde 2019, o mês de julho se veste de amarelo para marcar a intensificação de prevenção, diagnóstico e controle destas infecções. No Recife, a campanha Julho Amarelo – Agir para Cuidar,  traz a ampliação da oferta de vacinação e testagens rápidas contra hepatites A e B nos finais de semana, oficina para profissionais de saúde e iluminação de prédios públicos, além do Dia D, no último sábado do mês (26/7), com ações simultâneas em todos os Distritos Sanitários.

“A intensificação das ações de prevenção, diagnóstico e cuidado integral às hepatites virais é imprescindível para o cumprimento das metas de eliminação dessas doenças como problema de saúde pública. Como avançam sem sintomas aparentes, principalmente em seus estágios iniciais, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves, como cirrose e câncer de fígado”, afirma o coordenador do Setor da Política de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Recife, Airles Ribeiro. Na Rede de Atenção Básica, são realizados testes sorológicos e testes rápidos para detecção de hepatites B e C, viabilizando condutas adequadas.

E neste mês, estas iniciativas serão intensificadas com a estratégia PrEPara a Prevenção!, que acontece todos os sábados, ofertando testagem rápida para hepatites B e C, aconselhamento, vacinação contra hepatite A e B e HPV e insumos de prevenção, além de atendimento de PrEP. As ações serão realizadas no SAE Lessa de Andrade (5/7, das 8h às 17h), na Policlínica Clementino Fraga (12/7, das 8h às 17h), no SAE Gouveia de Barros (Policlínica Waldemar Oliveira - 19/7, das 8h às 16h) e na Policlínica Agamenon Magalhães (26/7, das 8h às 16h). O acesso é por livre demanda, sem necessidade de agendamento prévio. Para participar, basta ser residente do Recife e apresentar documento com foto, cartão SUS e comprovante de residência. É necessário ser maior de 14 anos para a testagem ou 16 anos para o uso da PrEP.

Já no dia 26 de julho, no Dia D de Enfrentamento às Hepatites Virais, haverá ações em todos os oito Distritos Sanitários, das 8h às 12h, com testagem rápida, orientação e sensibilização sobre hepatites B e C. E no dia 30/7, acontece a Oficina de Construção do Fluxo de Cuidado das Hepatites B e C, das 9h às 16h, no auditório da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Voltado para profissionais da Saúde, terá com o objetivo construir, de forma intersetorial, o fluxo de cuidado para hepatites virais na rede municipal, articulando as etapas de prevenção, diagnóstico, tratamento e monitoramento.

OUTRAS AÇÕES – Ainda este mês, acontecerá o lançamento do Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais – Recife 2025, com dados atualizados da situação epidemiológica das hepatites A, B e C no município, além do relato das estratégias desenvolvidas pela Secretaria de Saúde no enfrentamento dos agravos. Prédios públicos também serão iluminados na cor amarela, uma ação simbólica em alusão ao Julho Amarelo, como estratégia de mobilização social e visibilidade da campanha.

HEPATITES - No Brasil, os vírus mais prevalentes são o da hepatite A, hepatite B e hepatite C, sendo esta última a que apresenta maior propensão à cronicidade, frequentemente assintomática por anos, dificultando o diagnóstico precoce e favorecendo a progressão silenciosa da doença hepática. Entre 2014 e 2024, o município do Recife notificou 2.656 casos de hepatites virais, distribuídos da seguinte forma: Hepatite A: 79 casos (2,9%), Hepatite C: 1.324 casos (49,9%) e Hepatite B: 1.224 casos (47,2%).

As vias de transmissão podem ser fecal-oral (hepatites A e E), predominante em locais com saneamento básico, higiene e acesso à água potável precários; sanguínea e por fluidos corporais (hepatites B, C e D), por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas, alicates e outros objetos perfurocortantes; e vertical (hepatites B, C e D), quando transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou parto.
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