Música, dança e emoção marcam a última noite de folia na Praça do Arsenal
Nem parecia que o Carnaval do Recife 2025 já estava acabando. Os passos de dança, os cantos em coro, os risos e as alegrias rechearam a Praça do Arsenal na noite desta Terça-feira Gorda (4). A programação do polo começou ainda no fim da tarde com o Maracatu Nação Pernambuco. A Orquestra do Maestro Duda deu continuidade à festa que contou com o DJ Incidental nos intervalos. A cantora, compositora e dançarina do Recife, Flaira Ferro, chegou ao palco pouco depois das 20h. Na sequência, os também pernambucanos: Zé Manoel e Joyce Alane. O fechamento ficou por conta do paulista Criolo.
“Foi lindo poder apresentar as músicas inéditas do próximo álbum para a plateia aqui, para a rua, o lugar mais democrático da vida. Eu fiquei muito feliz de poder participar e espero que as pessoas venham aos próximos shows”, afirmou Flaira Ferro logo após a sua apresentação, já correndo para fazer uma participação no show de Elba Ramalho no Marco Zero. No mês passado, Flaira Ferro lançou o single e o clipe “Afeto Radical”, com participação de Lenine. A mistura de frevo com música eletrônica é uma amostra do seu novo álbum que deve ser lançado ainda em março.
A professora de inglês, Andressa Araújo, de 31 anos, chegou 30 minutos antes do show de Ferro e conseguiu pegar um lugar digno de uma grande fã - a primeira fileira: “Eu conheci Flaira quando ela nem cantava ainda, era passista de frevo. Eu já era encantada pelo trabalho dela, pela dança, porque eu também danço E aí quando ela se descobriu como cantora, foi o ápice Aí e eu virei mais fã ainda . Ela está incrível, cantando todas. Esse show tem uma energia imensa e maravilhosa”.
Logo depois, Zé Manoel reuniu seus grandes fãs e também lotou a Praça do Arsenal. Fevereiro foi de novidades para quem acompanha o trabalho do pianista, cantor e compositor. Ele lançou o álbum Coral, marcado pela africanidade. “Tocar na Praça do Arsenal, participar do Carnaval do Recife, é uma consagração para mim. Eu sou de Petrolina, e morei no Recife por muitos anos, curti esse Carnaval por muito tempo. E depois de sair do Recife, eu voltei poucas vezes. Então hoje é uma noite muito especial”, comentou ele.
O lojista John Silva, 38 anos, acompanhou toda a apresentação de Zé Manoel, ao lado da sua esposa, juntinho da grade que separava o palco do grande público. De acordo com ele, a obra de Zé Manoel é necessária. “É um artista preto, de periferia e do interior do estado. Conquistou o seu espaço e é um dos maiores compositores da atualidade, um músico imprescindível, o show dele é muito bonito”, falou ele, deixando claro o quão é admirador das composições do artista.
Joyce Alane subiu ao palco para mostrar a sua mistura de ritmos do Nordeste com influências do pop, criando um som autêntico. Sua voz marcante têm conquistado cada vez mais espaço na música brasileira.
Por fim, Criolo também apresentou a sua mistura infalível de rap, samba e MPB, emocionando o público. A crítica social mais uma vez esteve presente, um momento especial para fechar a Terça-feira Gorda da Praça do Arsenal.