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Educação | 05.04.17 - 10h19

Alunos que vão trabalhar na eleição dos representantes de turma participam de formação

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A eleição dos líderes de sala das escolas integrais faz parte do projeto “Protagonizar também é eleger” (Foto: Daniel Tavares/PCR)

 

Duzentos estudantes da rede municipal de ensino do Recife que vão atuar nas comissões eleitorais do processo de escolha dos líderes de turma das Escolas Municipais de Tempo Integral (EMTIs) participaram, nesta terça-feira (04), de uma formação no Compaz Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife. Organizado pela Secretaria de Educação do Recife pelo segundo ano consecutivo, a eleição dos representantes de turmas envolve alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e faz parte do projeto “Protagonizar também é eleger”.

Com direito a urnas eletrônicas, mesários e comissões eleitorais, a votação nas sete EMTIs acontecerá ainda neste mês de abril e não há número limite de chapas inscritas, mas cada uma deve ser formada por dois estudantes - um líder e um vice-líder. De acordo com a cartilha elaborada pela Secretaria de Educação do Recife como forma de orientação, os representantes de turma das Escolas Municipais de Tempo Integral Pedro Augusto, Divino Espírito Santo, Antônio Heráclio, Dom Bosco, Reitor João Alfredo, Nadir Colaço e Costa Porto deverão mobilizar as turmas para participar das atividades acadêmicas, atuar como interlocutores entre alunos e professores e fomentar relações sadias com os colegas.

“Nosso objetivo é incentivar o protagonismo juvenil dos estudantes da rede, despertando a consciência crítica sobre os direitos e deveres do cidadão dentro e fora do ambiente escolar”, resumiu o psicólogo Pedro  Portela, que é técnico da Gerência de Educação Integral e Anos Finais da Secretaria Municipal de Educação. Responsável pela abertura da formação no auditório do Compaz, Portela desenvolveu várias técnicas de motivação junto aos alunos.

Já a professora Carminha Sampaio, coordenadora do Núcleo de Educação Integral e Anos Finais, falou sobre a história do Movimento Estudantil no Brasil, como forma de despertar a consciência política dos membros da comissão eleitoral. “É importante ampliar a visão do nosso aluno para que ele perceba que sua participação é fundamental na construção da história política do País”, argumentou. “Também acho essa formação importante, pois é uma maneira de motivar o estudante a se apoderar de seu papel histórico como cidadão responsável pela construção de uma sociedade melhor e mais justa”, comentou o professor George Pereira, coordenador-geral da formação dos 200 alunos da comissão eleitoral.

Para Mayara Carolaine, 14 anos, aluna da Escola Municipal de Tempo Integral Reitor João Alfredo, o treinamento foi muito positivo. “Em 2016 fui eleita vice-líder da minha turma e logo depois me tornei líder titular com a saída do colega de chapa. Acho todo esse processo muito legal, pois além de abrir novos horizontes em relação ao conhecimento político-eleitoral, também une mais os colegas e ajuda a combater o bullying”, frisou. Com opinião semelhante, Arão Apollo, 12, que estuda na EMTI Pedro Augusto, vê o treinamento como forma de compreender melhor o funcionamento de uma eleição direta. “Também é uma forma de melhorarmos como cidadãos”, opinou.