Tradição e fé marcam a Queima da Lapinha no Recife
O Pátio de São Pedro ficou pequeno para os recifenses que festejaram, neste sábado (6), a Queima da Lapinha. Emoção, fé e animação marcaram o encerramento do Ciclo Natalino. A celebração foi realizada pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Participaram da comemoração a secretária de Cultura, Leda Alves, o secretário executivo, Eduardo Vasconcelos, e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha.
Durante o evento, 12 pastoris foram acompanhados por Mendes e sua Orquestra, além do Cavalo Marinho Boi Coroado. Após a chegada dos pastoris, foi anunciada a homenageada da festa de Reis: Dona Lourdes do Nascimento, fundadora do Pastoril Rosa Mística, dos Torrões, que faleceu antes da apresentação deste Dia de Reis. Na ocasião, Leda Alves, Secretária de Cultura do Recife, reconheceu a importância da manutenção da tradição. “Lourdes deixou sementes que manterão o seu pastoril vivo”, comentou.
Laiane de Melo (10), se emocionou por conta da menção honrosa feita à Dona Lourdes. Ela, e tantas outras garotas do grupo Rosa Mística, só tiveram acesso ao pastoril por causa do contato com a homenageada. “Dona Lourdes era minha vizinha, sempre me incentivou a participar do Pastoril”, recordou com saudosismo.
Sueli Maria acompanha a noite de queima da Lapinha há 30 anos. Para ela, o ano inicia apenas após o evento. “Tudo o que aconteceu de ruim no ano anterior é a lapinha queimando que leva, para que possamos começar um ano de coração e alma leves”, comentou.
Depois da entrega da bandeirinha, foi chegado o momento mais esperado: a queima da lapinha, composta por folhas, ramos, diversos pedidos feitos pelo público e pastoras que se emocionavam com a celebração. Depois que a última chama foi apagada, o frevo tomou conta do espaço ao som de Mendes e sua Orquestra.