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Cultura | 06.02.14 - 16h41

Prefeitura vai retomar as obras do habitacional Vila Independência

[caption id="attachment_43450" align="alignleft" width="680"] laudo técnico revela que gases presentes no terreno não são perigosos (Foto: Eloi Souza/ PCR)[/caption]

A Secretaria de Habitação da Prefeitura do Recife já pode retomar as obras de construção do Conjunto Habitacional Vila Independência, no Brejo de Beberibe, após a suspensão do projeto, em 2011, provocada pela suspeita de que os gases encontrados no terreno poderiam causar danos à saúde dos operários e futuros moradores. Um laudo técnico conclusivo contratado pela secretaria no ano passado foi entregue hoje (06) ao secretário Eduardo Granja garantindo que após algumas adaptações na planta original, as obras poderão prosseguir sem problemas.

O secretário Eduardo Granja afirmou que a retomada das obras será feita até o mês de junho. "Vencemos com este parecer o maior obstáculo para construção desse conjunto habitacional que a comunidade local espera há mais de oito anos, garantindo toda segurança e qualidade exigida pelo Prefeito Geraldo Julio. Agora vamos acelerar todos os trâmites administrativos e começar a obra ainda nesse semestre", ressaltou o secretário.

Ainda este mês será divulgada no Diário Oficial a chamada pública para contratação da construtora que ficará responsável pelas obras do novo habitacional, que terá no mínimo 228 apartamentos e será ocupado por famílias retiradas de áreas insalubres no Brejo de Beberibe e áreas próximas. Os trabalhos serão financiados pela Caixa Econômica Federal, por intermédio do programa Minha Casa, Minha Vida.

O estudo dos gases foi elaborado por uma equipe de especialistas ligada à Associação Tecnológica de Pernambuco (Atepe) e ao Grupo de Resíduos Sólidos da Universidade Federal de Pernambuco (GRS/UFPE). O documento conclusivo foi apresentado a Eduardo Granja pelo engenheiro Fernando Jucá e o consultor suíço Mauro Gandolla. O laudo técnico constatou a presença dos gases metano e dióxido de carbono. “Além dos gases provenientes da biodegradação da matéria orgânica sob o solo, aquela área, há cerca de 30 a 40 anos, foi utilizada como depósito de lixo. Mas nossa análise final é que os riscos de contaminação são pequenos e podem ser eliminados”, garantiu Gandolla.

O engenheiro Fernando Jucá aproveitou para elogiar a postura da atual gestão do município. Segundo ele, o diagnóstico preliminar foi realizado ainda em 2011, por iniciativa da antiga construtora responsável, mas não teve prosseguimento e a obra foi paralisada. “O estudo analítico mais aprofundado, necessário para determinar os tipos de gases e suas quantidades ao longo do terreno foi contratado pela Prefeitura do Recife em 2013, o que demonstra a decisão política da atual gestão de tratar o problema com a máxima seriedade”, frisou.