Recife recebe comenda em celebração ao Bicentenário da Revolução de 1817
Palco histórico de movimentos revolucionários, Pernambuco comemorou nesta terça-feira (6) a sua Data Magna, este ano encerrando o ciclo de homenagens ao Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817. O ciclo de celebrações teve seu fechamento marcado pela entrega de medalhas em homenagem a instituições que contribuíram para difundir o marco histórico. O prefeito Geraldo Julio recebeu a comenda das mãos do governador Paulo Câmara, em nome da Prefeitura do Recife .
O prefeito aproveitou o momento para reforçar os ideais republicanos difundidos pela Revolução de 1817. O movimento político trouxe à tona várias reflexões, como direito à cidadania e a defesa das liberdades individuais. “Este é um momento importante porque leva para muitas pessoas, e especialmente para as novas gerações, mais sobre a história de luta e resistência do povo pernambucano. O Recife ficou muito feliz em poder participar das celebrações do Bicentenário da Revolução Pernambucana e esse registro é fundamental para podermos construir um futuro melhor”, afirmou o prefeito.
O governador Paulo Câmara comandou a solenidade e destacou a importância de manter vivos os valores da revolução. "Esse movimento está muito atual. Ele representa liberdade, justiça e a luta de muitos pernambucanos em favor de um Brasil melhor, então o espírito da Revolução de 1817 está presente na vida de todos nós", afirmou. Além das medalhas, que também foram entregues à Prefeitura de Olinda, Arquidiocese de Recife e Olinda, Fundação Joaquim Nabuco e Companhia Editora de Pernambuco, as celebrações contemplaram o tradicional desfile cívico-militar e aposição de flores no monumento à Revolução Pernambucana de 1817, escultura de Abelardo da Hora localizada na Praça da República, local da execução dos mártires da Revolução.
Ao longo deste último ano, a Prefeitura do Recife trabalhou ativamente para manter viva a memória do movimento republicano de 1817. No Museu da Cidade do Recife, situado no Forte das Cinco Pontas, ficou exposta durante este último ano a exposição 1817 – Revolução Pernambucana, que relembra fatos e personagens importantes dessa história, a partir da exibição de vídeos, fotos e objetos antigos. A exposição é gratuita e estará no Museu até hoje. Em seguida, a mostra percorre outras cidades pernambucanas.
Diretora do Museu da Cidade do Recife, Bethânia Corrêa, conta que mais de 60 mil visitantes foram ver a exposição. Segundo ela, 60% deste público era formado por alunos de escolas públicas. "Além dos ideais da Revolução, nós trabalhamos a questão do patrimônio dos revolucionários, que é a nossa bandeira de Pernambuco. Então os nossos alunos tiveram a oportunidade de pensar essa bandeira e os ideais contidos nesta bandeira", grifou Bethânia.
Além da exposição, a Prefeitura do Recife apoiou o lançamento da história em quadrinhos “A noiva”, baseada no livro do jornalista Paulo Santos sobre a história de amor de Domingos Martins e Maria Teodora, ambientada na Revolução Pernambucana de 1817 e contada no romance A noiva da revolução. A obra ganhou roteiro de Eron Villar e traços de Thony Silas, artista pernambucano, colaborador da editora norte-americana de histórias em quadrinho Marvel.
Outra forma de disseminar o momento histórico foi por meio do programa História nas Paredes. A Prefeitura em parceria com o IAHGP instalou placas no Recife recriando o cenário da Revolução. As placas feitas em azulejo estão espalhadas em vários pontos da cidade, como a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, na Zona Norte, e a Conde da Boa Vista, no centro da cidade e na Rua Barão de Souza Leão, em Boa Viagem. A sinalização turística e histórica conta uma parte da história da cidade e das pessoas que dão nomes às ruas onde estão localizadas. Em cada uma delas há um texto informativo sobre o que aconteceu naquele local ou a biografia do homenageado. Mais de cem placas já foram colocadas no Recife. Também foram instaladas placas em Olinda e Salvador.