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Educação | 06.05.16 - 16h21

Alunos da Escola Municipal Reitor João Alfredo dão aula de gentileza na PCR

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A partir da "Ação do coração gerando bons frutos: gentileza", os alunos aprenderam a importância de dar bom dia, abraçar, pedir desculpas e respeitar o próximo (Foto: Irandi Souza/PCR)

 

Cortesia, delicadeza, urbanidade. Ação nobre, ilustre, distinta. Esses são os significados da palavra gentileza aprendidos e postos em prática pelos alunos da Escola Municipal Reitor João Alfredo, na Ilha do Leite. Através da "Ação do coração gerando bons frutos: gentileza", os cerca de 750 estudantes da unidade de ensino aprenderam a importância de dar bom dia, abraçar, pedir desculpas e respeitar o próximo. Nesta sexta-feira (6), cerca de 50 alunos vieram entregar mensagens de paz e abraçar as pessoas no edifício-sede da Prefeitura do Recife, onde foram recebidos pelo vice-prefeito Luciano Siqueira. Eles também estão panfletando e distribuindo abraços no Centro Administrativo Pedagógico (CAP) da Secretaria de Educação do Recife, no trânsito e nos estabelecimentos localizados no entorno da escola. 

Segundo a professora Ellienay Silva, vice-gestora da Reitor João Alfredo, o projeto foi desenvolvido para tentar mudar a rotina de violência, indisciplina e falta de cordialidade na escola, sendo apenas uma das estratégias que a unidade de ensino adotou para estimular a união e o companheirismo. Os estudantes do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental e as turmas da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) assistiram a filmes sobre gentileza, fizeram cartazes e banners, escreveram mensagens gentis e recortaram corações para distribuição. "Resolvemos trabalhar alguns valores que consideramos importantes. Fizemos um contrato de convivência em que todos devem dar bom dia quando chegam à escola, cumprimentar os colegas e os professores, entre outras coisas. E já observamos avanços. Eles têm se abraçado mais, têm sido mais carinhosos uns com os outros, estão falando mais baixo. Esta semana, por  iniciativa própria, alguns alunos trouxeram flores e bombons pros professores", contou Ellienay. 

O professor Anderson Anthonys Ferreira notou que, depois do projeto, os  alunos ficaram realmente estimulados a fazer a diferença no ambiente escolar e também em casa. "Uma das atividades foi resgatar na memória quantas gentilezas eles fizeram ao longo da vida deles, mas muitos nem sequer sabiam o significado da palavra gentileza. Abrimos os olhos deles para esse ato de educação que é tão importante, para que eles pudessem ir mudando aos poucos. Agora eles chegam na escola orgulhosos pelo que fizeram, nos contando que ajudaram uma senhora a levar as compras, ajudaram uma pessoa com deficiência visual a atravessar a rua ou forraram a cama para ajudar os pais", comemorou Anderson. Segundo o docente, esta semana, por iniciativa própria, um grupo do 5º ano A limpou parte da quadra da escola e ainda recolheu o lixo, no intuito de ajudar os funcionários da limpeza. 

No gabinete do vice-prefeito, um grupo de alunos contou um pouco do que aprendeu com esse projeto. "Eu não sou muito quieto, mas aprendi que é pra ficar comportado e ajudar os colegas. Entreguei corações, escrevi mensagens, fiz cartaz e agora estou dando mais abraço e mais bom dia. Antes a gente não tinha costume de fazer isso", assumiu Felipe Rodrigues Silva, 10 anos, aluno do 5º ano. "Gentileza é fazer o bem, é amor, é carinho com o próximo. Eu não abraçava meus colegas e nem costumava dar bom dia. Mas agora aprendi que sempre que a gente faz o bem a gente recebe o bem de volta", completou Mateus Cauã Lima, 10, também do 5º ano. 

Luciano Siqueira, reconhecidamente uma das pessoas mais gentis da Prefeitura do Recife, ouviu os alunos, leu os bilhetes que recebeu deles e também deixou sua mensagem de paz, acrescentando mais uma palavra no vocabulário dos estudantes. "Compaixão não significa ter pena de alguém, mas se colocar no lugar do outro para entender por que ele está com raiva. Não é fácil praticar a compaixão, mas é bom a gente tentar. Se conseguirmos, teremos menos arenga e mais gentileza. Quando existe compaixão, a gente consegue conviver melhor".