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Com o objetivo de continuar avançando na pauta de segurança viária e redesenho da cidade para adequar as vias aos mais frágeis no trânsito, como pedestres e crianças, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul), reuniu, na manhã desta segunda-feira (6), toda a equipe da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) com parceiros da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIRGS). Na ocasião, a diretora adjunta dos programas de saúde pública da Fundação Bloomberg Philanthropies, Becky Bavinger, esteve presente, junto aos coordenadores regionais e nacionais da BIRGS. Os representantes da BIRGS receberam dos gestores do Recife o Relatório Anual de Segurança Viária do Recife, que indica uma redução de 36% no número de sinistros de trânsito entre 2016 e 2021.

Durante a reunião, o Secretário de Política Urbana e Licenciamento, Leonardo Bacelar, destacou que os projetos entregues pela CTTU são pensados tendo em vista o futuro do Recife, não apenas para soluções momentâneas. "A gente opera com o planejamento da cidade, o Recife vai fazer 500 anos, então estamos trabalhando para que, em um futuro próximo, a nossa população tenha mais qualidade de vida. Nossas ações são com base em dados, estamos georreferenciando todos os sinistros de trânsito, gerando um banco de dados mais robusto e mais seguro das informações. Isso é uma semente que a gente está plantando e deixando para o futuro da cidade", explicou o gestor.

A parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIRGS) teve início em 2020 e vai durar 5 anos na cidade. Com o novo modelo de gestão, a CTTU passou a seguir a abordagem sistêmica, na qual os pilares de infraestrutura viária, fiscalização, gestão de dados, além de educação e comunicação, trabalham de forma integrada, onde um completa o serviço do outro. A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, destacou os avanços que o Recife conquistou nos últimos anos com peças inovadoras de urbanismo tático, aumento da malha cicloviária, das faixas azuis, projetos que inverteram a lógica da mobilidade e levaram à redução de sinistros de trânsito com vítimas fatais. "O resultado de diminuir e, pela primeira vez, chegar a menos de cem mortes no trânsito, como conseguimos em 2021, nos alegra, mas também nos incomoda enquanto não chegamos a zero mortes no trânsito porque sabemos que um sinistro de trânsito não é algo ao acaso, mas é algo que pode ser evitado e estamos aqui para trabalhar com esse objetivo", destacou a gestora.

A diretora adjunta dos programas de saúde pública da Fundação Bloomberg Philanthropies, Becky Bavinger, destacou os avanços do Recife e vê a cidade na vanguarda brasileira, especialmente no que diz respeito às ações para os pedestres. "É muito bom ver o grande trabalho que o Recife tem feito. É necessário que se faça o redesenho das ruas e também a fiscalização e o trabalho da mídia de forma integrada. Então a gestão realmente tem abraçado o redesenho das ruas para uso dos pedestres e dos moradores. É realmente fantástico e também um grande desafio. Não é fácil porque chove, os carros buzinam, reclamam, mas nós sabemos que essas ações melhoram a cidade porque reduzem os sinistros de trânsito. E trazer a comunidade pra junto do projeto é um diferencial", disse.

Avanços na mobilidade do Recife - As políticas de mobilidade adotadas no Recife fizeram a cidade reduzir em 36% o número de sinistros de trânsito entre 2016 e 2021, de acordo com o Relatório Preliminar de Vítimas Fatais de Sinistros de Trânsito. O Recife conta, hoje, com 169 km de malha cicloviária na cidade, o que representa um avanço de mais de 600% desde 2013, quando havia 24 km. Além disso, desde 2019, o Recife passou a avançar com áreas de urbanismo tático como uma solução eficiente para reduzir os sinistros de trânsito. Ao todo, já são mais de 40 localidades beneficiadas. O Recife registrou uma redução média de 41% de sinistros de trânsito nas áreas onde foram implantados redesenhos com urbanismo tático.