Casa de Acolhida reabre as portas para cuidar de jovens
[caption id="attachment_35954" align="alignnone" width="680"] Geraldo: "É muito bom poder entregar um equipamento como este com qualidade, para dar condições a quem trabalha e a quem está sendo acolhido". (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]
Após ser parcialmente destruída por um incêndio em 2012, a Casa de Acolhida Raio de Luz, no Prado, reabriu suas portas neste sábado (6) para cuidar de jovens e adolescentes em situação de risco social e pessoal. A unidade foi totalmente reformada pela Prefeitura do Recife em uma ação que integra o plano de recuperação da rede municipal de acolhimento, vinculada ao Instituto de Assistência Social e Cidadania (IASC). O prefeito Geraldo Julio esteve no equipamento nesta manhã e comemorou a reinauguração da casa.
"É muito bom poder entregar um equipamento como este com qualidade, para dar condições a quem trabalha e a quem está sendo acolhido. Que seja possível tirar daqui uma vida melhor para aquelas que precisam do acolhimento. Essa é a primeira de uma série de obras para recolocar a rede numa situação positiva e depois aumentar essa rede assistencial, pois a demanda no Recife é grande. Todas as unidades vão passar por requalificação; também serão construídas outras casas para complementar a rede", garantiu Geraldo Julio.
A Raio de Luz acolherá 13 adolescentes entre 12 a 18 anos incompletos, com ou sem filhos, cujos direitos foram violados e os vínculos familiares interrompidos. A PCR investiu R$ 164 mil na reforma, que contemplou a pintura de áreas danificadas pelo fogo, serviços de instalação elétrica e hidráulica, além da construção de equipamentos de acessibilidade.
A casa de acolhida foi a primeira das 11 unidades do tipo que serão recuperadas pela Prefeitura. No próximo mês de agosto será iniciada intervenção na casa Porto Seguro, na Iputinga, que atende a 26 idosos. Os outros locais de acolhimento deverão seguir o mesmo padrão da Raio de Luz, garantindo a reinserção social e familiar dos usuários em um espaço digno de condições de trabalho aos técnicos, a chamada "casa-lar". É o que prevê o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), atendendo também ao que é exigido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Parte do processo de reinserção social dos acolhidos são as visitas das famílias e o acompanhamento técnico, que se baseia no Plano Individual de Atendimento (PIA), assistindo de perto cada caso. "Essa é a casa que queremos para nossos usuários da assistência, para que comecem o processo de reintegração com a família e com a comunidade. Para isso, é necessário que se proporcione um ambiente acolhedor", defendeu Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife.
A abertura simbólica contou com a presença de algumas das adolescentes atendidas. "Está muito bonita a casa. Temos que cuidar bem dela pois será o nosso lar de agora em diante", disse uma das meninas, que não pode ser identificada por motivo de segurança.