Pela primeira vez, patrimônio cultural do Recife é tema de formação de professores
Mais de 600 professores da Rede Municipal de Ensino participarão da formação. Durante uma semana os docentes terão a oportunidade de conhecer a cidade com um novo olhar.
O patrimônio cultural do Recife é o objeto de trabalho de 605 professores dos anos finais da Rede Municipal de Ensino. Os docentes participam, a partir da próxima segunda-feira (12) até o sábado (17), de curso de formação que será ministrado pelos profissionais da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC/Secretaria de Planejamento Urbano). Participarão dessa formação professores que lecionam nos anos finais (6º ao 9º ano) e no Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Durante toda a semana os professores contarão com uma programação em pontos diferentes da cidade. O objetivo da DPPC é que os profissionais possam usar o conhecimento sobre o patrimônio da cidade como ferramenta pedagógica adaptada e aplicada para cada uma das disciplinas envolvidas na atividade: Ciências, Matemática, Arte, História, Geografia, Português, Inglês e Educação Física. A ideia é que os docentes observem a cidade de maneira orientada e percebam a diversidade que pode ser explorada em sala de aula. O universo a ser explorado estará no entorno das escolas municipais.
"O trabalho que montamos busca despertar nos mestres a importância de valorização do nosso patrimônio cultural, que vai além das edificações classificadas como imóveis especiais de preservação. O patrimônio está nas praças, nas ruas, no nosso cotidiano. Vivenciar a cidade é o centro do nosso objetivo. Fazer com que o sentimento de pertencimento ao próprio território seja valorizado. Esse é um passo significativo para a contribuição da preservação da nossa história e os nossos jovens podem assumir papel fundamental nesse exercício", explica Lorena Veloso, gerente geral da DPPC.
Com atividades programadas para acontecer nos três turnos, os professores serão agrupados de acordo com as disciplinas que lecionam. A formação acontecerá no Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano, no Museu da Abolição, no auditório da Toyolex (que também é parceira na realização da formação dos professores) e na Escola de Formação de Educadores Paulo Freire. Dentre as atividades de campo está programado formação na Escola Ambiental Águas do Capibaribe e no catamarã. Esse curso de formação conta com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Lazer.