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Cultura | 07.11.14 - 10h32

Alunos recebem prêmio de matemática na 20ª edição da Ciência Jovem

Trabalho de estudantes da Escola Poeta Jonatas Braga venceu uma das competições da feira de ciências. (Foto: Divulgação)

Um trabalho de alunos da Escola Municipal Poeta Jonatas Braga, localizada em Campo Grande, foi vencedor de uma das competições da 20ª edição da Ciência Jovem. Com o título Dobrar papel, estudar matemática e fazer arte na Escola Poeta Jonatas Braga, os estudantes do 7º e 8º anos venceram o prêmio Francis Dupuis (categoria para trabalhos de matemática) e levaram R$ 1 mil para a escola. A feira de ciências foi promovida pelo Espaço Ciência, do Governo de Pernambuco, nos dias 29, 30 e 31 de outubro, no Chevrolet Hall, onde foram apresentados mais de 300 trabalhos produzidos em escolas de todos os estados do País, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

O trabalho é resultado de uma vivência de cerca de 70 estudantes da escola. Eles realizaram um estudo para explorar o conhecimento adquirido nas aulas de matemática e artes sobre geometria plana e espacial, unindo aos conceitos de arte e interatividade. Com papel, os estudantes construíram esculturas geométricas com os origamis produzidos em sala. "É uma maneira diferente de manipular os conceitos matemáticos e desenvolver o conhecimento através de atividades práticas", disse o professor de matemática Ronald Santana, que orientou o projeto ao lado da professora de artes Giselda Garrett. As peças montadas estão em exposição na unidade de ensino.

A produção foi apresentada na feira pelos alunos Rafael dos Anjos e Rainara dos Santos, Vinicius Martins, José Fausto, Cauã Souza, Lais Hellen, Thalita Áurea e Maurílio José. A intenção dos professores que orientaram as turmas era estimular o aprendizado dos conceitos das disciplinas, já que para construir a peça, o aluno precisava dominar os conteúdos. "Esse tipo de trabalho faz com que o aprendizado seja mais significativo para o aluno. Eles aprendem matemática com mais facilidade", completou o professor Ronald. Para medir a evolução dos estudantes, os professores aplicaram um teste de conhecimentos matemáticos antes e depois da experiência. Após a conclusão do trabalho, foi constatado um maior número de acertos dos alunos em questões sobre os assuntos abordados.

OUTROS TRABALHOS - Além do trabalho vencedor do prêmio Francis Dupuis, outras produções de alunos da mesma escola fizeram parte da feira. Foram elas: Consumo, produção e descarte do lixo: investigando o Eco Ponto de Campo Grande; A cultura popular e as lendas recifenses; e O MIND LAB na Escola Municipal Poeta Jonatas Braga: uma alternativa de unir a diversão e o desenvolvimento de habilidades para a vida.

Também foi premiado na Ciência Jovem um trabalho produzido por uma professora e seis alunos da Escola Municipal Presbítero José Bezerra, do bairro da Macaxeira. Nathalie Sena ganhou o segundo lugar na categoria Educação Cientifica (para professores) por ter desenvolvido o trabalho Se Liga na Bicharada, com estudantes que apresentavam déficit de aprendizagem e faziam parte do Se Liga - projeto de correção de fluxo e combate ao analfabetismo para alunos que não se alfabetizaram na idade correta. No início do ano, os estudantes não sabiam escrever o próprio nome completo, e agora já foram autores do próprio livro.

Alex Costa da Silva, Eduardo Ferreira da Silva, Rogério Barros da Silva Fonseca, Kevin Walker da Silva, Luiz Claudio da Silva Rodrigues e Thalita dos Santos Correia, que têm entre 10 e 12 anos, foram orientados pela educadora a iniciar a leitura por meio de livros paradidáticos. Baseado no livro O sapo que engoliu a lua, do escritor Celso Antunes, o grupo escreveu e ilustrou seu próprio livro, com o título O sapo e a escada. A obra foi bordada e ilustrada pelos alunos, com linhas, agulhas e tecidos recebidos em doações, sendo finalizada após oito meses de aulas. A educadora contou com o suporte dos livros didáticos do Programas Manuel Bandeira e Nas Ondas da Leitura, da Secretaria de Educação do Recife.