Alunos recebem prêmio de matemática na 20ª edição da Ciência Jovem
Um trabalho de alunos da Escola Municipal Poeta Jonatas Braga, localizada em Campo Grande, foi vencedor de uma das competições da 20ª edição da Ciência Jovem. Com o título Dobrar papel, estudar matemática e fazer arte na Escola Poeta Jonatas Braga, os estudantes do 7º e 8º anos venceram o prêmio Francis Dupuis (categoria para trabalhos de matemática) e levaram R$ 1 mil para a escola. A feira de ciências foi promovida pelo Espaço Ciência, do Governo de Pernambuco, nos dias 29, 30 e 31 de outubro, no Chevrolet Hall, onde foram apresentados mais de 300 trabalhos produzidos em escolas de todos os estados do País, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.
O trabalho é resultado de uma vivência de cerca de 70 estudantes da escola. Eles realizaram um estudo para explorar o conhecimento adquirido nas aulas de matemática e artes sobre geometria plana e espacial, unindo aos conceitos de arte e interatividade. Com papel, os estudantes construíram esculturas geométricas com os origamis produzidos em sala. "É uma maneira diferente de manipular os conceitos matemáticos e desenvolver o conhecimento através de atividades práticas", disse o professor de matemática Ronald Santana, que orientou o projeto ao lado da professora de artes Giselda Garrett. As peças montadas estão em exposição na unidade de ensino.
A produção foi apresentada na feira pelos alunos Rafael dos Anjos e Rainara dos Santos, Vinicius Martins, José Fausto, Cauã Souza, Lais Hellen, Thalita Áurea e Maurílio José. A intenção dos professores que orientaram as turmas era estimular o aprendizado dos conceitos das disciplinas, já que para construir a peça, o aluno precisava dominar os conteúdos. "Esse tipo de trabalho faz com que o aprendizado seja mais significativo para o aluno. Eles aprendem matemática com mais facilidade", completou o professor Ronald. Para medir a evolução dos estudantes, os professores aplicaram um teste de conhecimentos matemáticos antes e depois da experiência. Após a conclusão do trabalho, foi constatado um maior número de acertos dos alunos em questões sobre os assuntos abordados.
OUTROS TRABALHOS - Além do trabalho vencedor do prêmio Francis Dupuis, outras produções de alunos da mesma escola fizeram parte da feira. Foram elas: Consumo, produção e descarte do lixo: investigando o Eco Ponto de Campo Grande; A cultura popular e as lendas recifenses; e O MIND LAB na Escola Municipal Poeta Jonatas Braga: uma alternativa de unir a diversão e o desenvolvimento de habilidades para a vida.
Também foi premiado na Ciência Jovem um trabalho produzido por uma professora e seis alunos da Escola Municipal Presbítero José Bezerra, do bairro da Macaxeira. Nathalie Sena ganhou o segundo lugar na categoria Educação Cientifica (para professores) por ter desenvolvido o trabalho Se Liga na Bicharada, com estudantes que apresentavam déficit de aprendizagem e faziam parte do Se Liga - projeto de correção de fluxo e combate ao analfabetismo para alunos que não se alfabetizaram na idade correta. No início do ano, os estudantes não sabiam escrever o próprio nome completo, e agora já foram autores do próprio livro.
Alex Costa da Silva, Eduardo Ferreira da Silva, Rogério Barros da Silva Fonseca, Kevin Walker da Silva, Luiz Claudio da Silva Rodrigues e Thalita dos Santos Correia, que têm entre 10 e 12 anos, foram orientados pela educadora a iniciar a leitura por meio de livros paradidáticos. Baseado no livro O sapo que engoliu a lua, do escritor Celso Antunes, o grupo escreveu e ilustrou seu próprio livro, com o título O sapo e a escada. A obra foi bordada e ilustrada pelos alunos, com linhas, agulhas e tecidos recebidos em doações, sendo finalizada após oito meses de aulas. A educadora contou com o suporte dos livros didáticos do Programas Manuel Bandeira e Nas Ondas da Leitura, da Secretaria de Educação do Recife.