Prefeitura promove exposição dos alunos do núcleo de altas habilidades e superdotação
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, promoveu, nesta terça (6), uma exposição de final de ano dos trabalhos e projetos desenvolvidos pelos alunos atendidos pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S Recife). O evento aconteceu na sede do NAAH/S, no bairro do Monteiro, Zona Norte da cidade. Os trabalhos foram desenvolvidos nas áreas de artes visuais, linguística e comunicação. São desenhos, leitura de textos, colagens e montagens de maquetes, entre outros.
De acordo com a coordenadora do NAAH/S Recife, Jussara Vieira, são consideradas superdotadas as pessoas que possuem habilidades acima da média em determinada área do conhecimento e com nível de criatividade original, embora possam apresentar deficiências em outras áreas e dificuldades de relacionamento. "Nosso núcleo funciona na APAE, de segunda a sexta-feira, sempre no contraponto do horário escolar dos alunos. No total, atendemos 101 crianças e jovens entre três e 17 anos, sendo 51 da nossa rede de ensino e os demais matriculados em escolas estaduais e privadas", explica a educadora.
Sobre a exposição, ela diz que o objetivo é aumentar a autoestima dos alunos, motivar os pais e divulgar as ações executadas pelo núcleo. "Por serem especiais, essas crianças muitas vezes se sentem rejeitadas pelos colegas e até pelos amigos e parentes. O que nós fazemos aqui é ajudá-las a desenvolver suas habilidades de forma natural, sem pressão, contribuindo para inserção social", complementa.
Com apenas quatro anos de idade, o aluno da Creche Menino Jesus, do bairro do Cordeiro, João Pedro Nóbrega de Barros, está apresentando o projeto ecologia. Diante de uma plantinha que cultiva em uma lata de leite, ele explica que ela se chama Clorofila. "Ela está viva como a gente e precisa de cuidados. Quando ela está com calor é preciso colocar água e ela se alimenta pela raiz", diz o pequeno jardineiro.
Estudante secundarista de Carpina, na Zona da mata, Daniel de Oliveira Magalhães está apresentando um monólogo baseado na mitologia grega. Ele é atendido pelo NAAH/S há três anos. "Eu fiz uma pesquisa minuciosa e descobri o lado humano do Minotauro, fera mitológica responsável pela guarda dos Portões de Tártaro", explicou. Durante o monólogo, Daniel incorpora o próprio Minotauro para mostrar o lado humano da fera.
A coordenadora Jussara Vieira mostrou o livro artesanal "Ele não é um gênio", da estudante Maria Luiza Santos, de 15 anos. Na sua opinião, a obra ilustra bem as dificuldades de relacionamento social das pessoas com altas habilidades. "O livro conta a história de um menino cujos pais o confundem com um gênio, devido a suas habilidades fora do comum. Isso acaba trazendo transtornos ao garoto. Acho que ela quis fazer um alerta para os pais para a importância de procurar ajuda quando não conseguirem lidar com a situação", finalizou.