Recife debate o primeiro ano do Serviço de Assistência Domiciliar
Aproximadamente 100 pessoas, todos profissionais da Rede Municipal de Saúde, acompanharam o Seminário
Por Kellen Lima
Debater o Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), implantado pela Prefeitura do Recife há um ano, conhecer o trabalho desenvolvido pela cidade de Campinas (SP), bem como trocar experiências entre os profissionais que estão implantando o serviço na capital pernambucana, nortearam o encontro promovido pela PCR, por meio da Secretaria de Saúde, durante toda a manhã desta sexta-feira (08), no Mar Hotel, em Boa Viagem.
A atividade faz parte das comemorações alusivas ao Dia Mundial da Saúde (07 de abril). Segundo o secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, o evento teve o objetivo de promover o debate sobre o impacto causado pelo SAD, e também sobre a experiência do município paulista. ”O nosso programa é inovador e foi implementado pelo prefeito João da Costa para um público que não tinha acesso a esse tipo de serviço, tratando em casa as pessoas com doenças crônicas, contando com uma equipe multidisciplinar, o que é um grande ganho social”, disse Couto, acrescentando que o “debate é sempre enriquecedor, passa pela discussão sobre a aceitação do serviço e o que precisa ser mudado”.
Compondo a mesa de abertura do “I Seminário de avaliação de 1 ano de implantação do SAD RECIFE”, além do secretário de Saúde, estavam presentes a diretora geral de Atenção à Saúde, Bernadete Perez; a diretora de Regulação, Kátia Guimarães; a Representante dos Distritos Sanitários da Cidade, Rosely Nascimento; e Mônica Nunes, coordenadora da Atenção Domiciliar de Campinas, que trouxe a experiência daquele município, que há 17 anos implementou o SAID (Serviço de Assistência e Internação Domiciliar).
Gestão - Aproximadamente 100 pessoas, todos profissionais da Rede Municipal de Saúde, acompanharam o Seminário, que contou também com uma apresentação do secretário de Saúde sobre o modelo de gestão em saúde pública da capital pernambucana, o “Recife em Defesa da Vida”. “A questão da Saúde é uma condição para a construção de uma Cidade democrática e a consolidação da cidadania. Recife tem se destacado nesse processo criando uma rede que mobiliza a sociedade e cresce a cada dia. Temos um modelo articulado, muito maior do que uma simples oferta de serviços”, disse Couto.
Para a gerente do Distrito Sanitário III, Geórgia Albuquerque, presente entre os convidados, “o serviço está se consolidando, mas ainda é recente e precisamos passar por momentos como este, de diálogo, de discussão, de troca de experiências. Assim podemos qualificar o serviço e os nossos profissionais, afinal são elas, as pessoas, que fazem o programa dar certo”, afirmou.
Na ocasião, Bernadete Perez apresentou a Política de Atenção Domiciliar do Município do Recife e relatou a experiência da Rede de Atenção à Saúde do Distrito Sanitário IV.
Experiência – Mônica Nunes, uma das convidadas do encontro, apresentou a política de saúde domiciliar, considerada pioneira no País e que funciona há 17 anos no município de Campinas. Ela enfatizou a relevância de se fazer uma ponte entre as dificuldades e facilidades desse tipo de assistência, correlacionando com o trabalho que está sendo desenvolvido pelo Recife. “Além do tempo, do conhecimento, é uma das referências para se discutir a implantação de uma proposta de atenção domiciliar, sob uma ótica de rede, que deve contar com as unidades básicas de saúde, com os distritos sanitários e com os hospitais, que não são os únicos demandadores”, explicou.
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